571 visitas - Fonte: Rede Brasil Atual
Em meio à repercussão em torno da explosão de uma bomba no metrô de Santiago na última segunda-feira (8), classificada como "ato terrorista" pelo governo de Michelle Bachelet, o Chile relembra hoje (11) o 41º aniversário do golpe de Estado que derrubou o presidente Salvador Allende, em 1973.
Antes do atentado às torres do World Trade Center, em 2001, o dia 11 de setembro já havia passado por outro ataque aéreo histórico: o bombardeio do Palácio de La Moneda, que marcou o golpe de estado no Chile, em 1973, episódio conhecido mundialmente como um dos momentos mais importantes da Guerra Fria.
As bombas atiradas pelos aviões Hawker Hunter destruíram uma das primeiras experiências democráticas de socialismo do mundo, enquanto abriam o caminho para uma ditadura que impôs ao país o modelo econômico neoliberal, algo que também era inédito no planeta.
Deixaram um país e o mundo divididos entre o presidente deposto e o general golpista. Salvador Allende e Augusto Pinochet. Democracia e ditadura. Direitos sociais contra economia de mercado. Naquele dia, segundo a jornalista canadense Naomi Klein (autora do best-seller “A Doutrina do Choque”), o Chile se transformou num refrator da História, refletindo as batalhas ideológicas travadas desde o início da Guerra Fria e, ao mesmo tempo, projetando as que seriam travadas décadas mais tarde e ainda estavam vigentes.
Neste mês, o Chile viverá o 41º aniversário do golpe de estado. Allende e Pinochet, os ícones da dicotomia surgida naqueles anos, ainda são presença constante na vida política do país. Fazem parte de cada discurso, retaliação ou crítica. Estão presentes nos debates políticos, nas marchas dos movimentos sociais e definem boa parte dos votos durante as eleições, tanto os de esquerda e os de direita, em uma sociedade que parece viver um eterno 11 de setembro.
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