681 visitas - Fonte: Pragmatismo Político
Cerca de 120 milhões de mulheres jovens em todo o mundo, o equivalente a uma em cada dez, foi vítima de estupro ou violação até os 20 anos, segundo relatório divulgado nesta sexta-feira (5) pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Em estudo global sobre a violência contra crianças, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostra que um quinto das vítimas de homicídio são crianças ou adolescentes com menos de 20 anos.
O homicídio é a principal causa de morte em rapazes e em jovens com idade entre 10 e 19 anos nos países da América Latina, incluindo a Venezuela, a Colômbia, o Panamá e o Brasil.
O Unicef diz que o estudo Escondido à Vista (Hidden in plain sight) é o maior trabalho realizado sobre violência contra crianças e foi baseado em dados de 190 países.
“Esses são fatos desconfortáveis, nenhum governo ou pai vai querer vê-los”, disse o diretor executivo da instituição, Anthony Lake. “Mas se não enfrentarmos a realidade que cada estatística representa – a vida de uma criança que tem direito à segurança, a uma infância protegida e que foi violada – nunca deixaremos de pensar que a violência contra as crianças é normal e permissível. E não é”, acrescentou.
Outro abuso é o bullying, que afeta uma em cada três crianças com idade entre 13 e 15 anos.
O estudo revela ainda que 17% dos jovens em 58 países foram vítimas de punições físicas severas e de forma repetida.
Como prevenção da violência contra crianças, o levantamento recomenda que se fomente o apoio aos pais e às crianças com competências para a vida, uma mudança de atitudes e comportamentos, o fortalecimento do sistema judicial e uma consciencialização para a violência e os custos humanos e socioeconômicos que ela acarreta. Mudanças de atitudes e de legislação são outras sugestões.
Abaixo, 10 opiniões chocantes sobre o estupro:
Tem mulheres que pedem”. Para essa jovem, o uso de roupas curtas justifica um estupro
“A mulher tem culpa sim”. Essa outra internauta acredita que andar de roupas curtas é semelhante a “sentar nua em cima do cara”
Mulheres ~estuprando~ o segurança do metrô. Esse rapaz diz que mulheres atacadas por usarem roupas curtas não podem reclamar. “Não vem falar que são vítimas inocentes as mulheres que se vestem assim porque não são”
“Coma-me por favor”. É comum a opinião de que o uso de roupas curtas (“a ocasião”) está diretamente relacionado às ocorrências de estupro (“faz o ladrão”). Uma usuária do Facebook diz que algumas mulheres usam o modelito “coma-me por favor”
Roupa curta não é causa, mas “provocação”. Uma internauta levou quase 100 curtidas ao descrever o traje de mulheres que, segundo ela, vão “atiçar mais esses vagabundos”, em referência a estupradores. Para ela, é uma provocação aos homens, ainda que não seja a causa dos abusos sexuais
“Quem ousa demais acaba mexendo com esse instinto”. Para esse senhor, se a mulher “ousar” nas vestimentas, ela se sujeita ao “instinto” de possíveis estupradores. Por isso, ela deve aguentar as consequências, segundo ele
Os estupradores curtem. Esse jovem desqualifica o protesto #EuNãoMereçoSerEstuprada
Incompetência em compreender as fraquezas do sexo oposto”. Esse usuário do Face diz que o protesto contra a cultura machista, que justificou os números do Ipea, ignora algo bastante importante: “as fraquezas do outro lado, do sexo oposto”. Fraquezas…
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