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Coordenação do Movimento Nacional dos Direitos Humanos (MNDH) diz nunca ter sido procurada pela equipe de campanha da candidata do PSB, que disse ter utilizado propostas do movimento em seu programa de governo; a justificativa de Marina Silva veio depois de o presidenciável pelo PSDB, Aécio Neves, ter acusado a adversária de copiar projeto lançado por FHC em 2002; Marina então respondeu que os trechos eram "reivindicações históricas" do MNDH; "Seus dirigentes jamais foram procurados ou tiveram quaisquer tratativas para a utilização das suas propostas", manifestou-se a entidade
A coordenação do Movimento Nacional dos Direitos Humanos (MNDH) rebateu, em carta enviada à Folha de S. Paulo, a versão dada pela candidata Marina Silva, do PSB, para justificar a acusação de plágio em seu programa de governo. O movimento afirma nunca ter sido procurado pela equipe de campanha da presidenciável.
Marina foi acusada pelo adversário do PSDB, Aécio Neves, de ter copiado trechos do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH), lançado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 2002. "Ela poderia ter pelo menos dado crédito aos autores verdadeiros da proposta e a FHC", alfinetou Aécio.
Em nota, a equipe de Marina afirmou que as propostas estavam em "absoluta sintonia com as reivindicações históricas do Movimento Nacional dos Direitos Humanos". A candidata chamou de "maliciosas" as acusações. A entidade, porém, não avaliza o discurso dos pessebistas.
"O MNDH vem manifestar sua surpresa e discordância com a afirmação da candidata de que foram utilizadas em seu programa as propostas do movimento. Seus dirigentes jamais foram procurados ou tiveram quaisquer tratativas para a utilização das suas propostas", respondeu a coordenação da entidade em carta.
A direção do Movimento ressalta não ter entendimento com "quaisquer" candidatura e afirma que a apropriação de suas propostas é "de faculdade daquele que o faz". A entidade alfineta Marina ao dizer que sua pauta prima pelo "reconhecimento do direito de união estável de pessoas do mesmo sexo" e a "criminalização da homofobia", temas que foram retirados do programa da candidata depois de pressão do movimento evangélico.
Além do programa de FHC, o plano de governo de Marina copiou trechos inteiros de um artigo da USP, sem citar a fonte, conforme noticiou o 247 essa semana, e utilizou partes de uma palestra feita pela própria candidata quatro anos atrás, em Nova York, também sem citar que tratava-se de uma fala de 2010, segundo a Folha de S. Paulo.
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