Dilma alfineta Marina: 'Estão confundindo presidente com rainha'

Portal Plantão Brasil
25/8/2014 09:35

Dilma alfineta Marina: 'Estão confundindo presidente com rainha'

Presidenta atribui declarações da adversária a inexperiência e visão tecnocrática, e ironiza candidata do PSB por falta de diálogo. Petista diz ainda que está mais preocupada em mostrar realizações

0 0 0 0

454 visitas - Fonte: Rede Brasil Atual

A presidenta Dilma Rousseff rebateu hoje (24) as críticas formuladas pela adversária do PSB na disputa pelo Palácio do Planalto, Marina Silva, que afirmou ontem durante comício em Recife que o Brasil não precisa de um gerente. Em entrevista coletiva no Palácio do Alvorada, a candidata do PT à reeleição aproveitou também para alfinetar a ex-colega de governo, que nos últimos dias criou atritos dentro de sua coligação devido à negativa a dialogar com representantes do que considera a “velha política”.



“Essa história que o país não precisa de ter um cuidado na execução das suas obras e uma obrigação de entregá-las é uma temeridade. É de quem nunca teve experiência administrativa, e portanto não sabe que é fundamental para um país com a complexidade do Brasil dar conta de tudo”, afirmou a presidenta.



Ontem, durante seu primeiro ato de rua depois de confirmada como candidata do PSB, Marina elogiou os antecessores de Dilma Rousseff e criticou a presidenta. “No Brasil se criou essa história de que é preciso ter um gerente. O Itamar (Franco) não era um gerente, era um homem com visão estratégica. O Fernando Henrique (Cardoso) é um acadêmico, não era um gerente, mas era um homem com visão estratégica. O Lula (Luiz Inácio Lula da Silva), um operário, não era um gerente, mas um homem com visão estratégica”, disse a ex-senadora. “Quando se tem visão estratégica se sabe reunir equipes, a gente consegue os melhores gerentes. Quando não se tem, não se consegue gerenciar nem a si mesmo.”



Marina voltou a expor a visão de que é integrante de uma linha de atuação que não dialoga com as velhas formas de fazer política, apelando diretamente à população. "Pode ter certeza que o PMDB de Pedro Simon não vai nos faltar. Tenho certeza que o PMDB de Jarbas (Vasconcelos) não vai nos faltar. Que o PDT de Cristovam (Buarque) não vai nos faltar. O PT de (Eduardo) Suplicy não vai nos faltar", afirmou, seguindo argumentação exibida em seu primeiro programa na televisão, também exibido ontem, no qual garante ter novas propostas, possíveis de executar, mas não as apresenta.



Ao comentar as declarações de Marina, Dilma fez menção indireta às visões da adversária. Na semana seguinte à morte do ex-governador Eduardo Campos, que seria o postulante do PSB ao Planalto, a ex-ministra do Meio Ambiente impôs uma série de condições que desagradaram a aliados do pernambucano. Entre elas está a recusa de participar dos palanques estaduais de candidatos que considere representantes da “velha política”, casos de Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo, e de Lindberg Farias (PT), no Rio.



“Acho que o pessoal está confundindo o presidente da República com algum rei ou rainha de um país com monarquia constitucional, em que só tem a representação”, rebateu a candidata do PT. “No presidencialismo somos diferente do parlamentarismo: o chefe do Poder Executivo tem obrigações claras feitas pela Constituição. Não é uma questão de ser gerente ou não. Isso é uma visão tecnocrática do problema. O presidente é executor também. Ele não é pura e simplesmente um representante do poder. É mais fácil ser um representante do poder.”



Ao responder a uma série de perguntas sobre Marina, Dilma reiterou que está mais preocupada em aproveitar o momento eleitoral para prestar contas à população daquilo que realizou ao longo de seu mandato. “Quero mostrar as conquistas desse país. Quero mostrar que esse país mudou. Que hoje a filha de um pedreiro pode virar doutora. Hoje você tem chance de ver uma empregada doméstica indo viajar de avião para ver seus parentes.”



Domingo de campanha



Marina Silva visitou hoje o Centro de Tradições Nordestinas, na zona norte da capital paulista. No local, a candidata do PSB teve postura de política tradicional: conversou com eleitores e posou para fotos. “O desenvolvimento econômico do Nordeste precisa de uma compreensão de que o Nordeste não é problema, mas solução. A maior parte dessas soluções já estão colocadas e precisam ganhar escala como, por exemplo, os programas que façam as pessoas terem acesso à água em relação à transposição do São Francisco, que ajudará, em muito, o desenvolvimento econômico no semiárido nordestino”, disse.



O candidato do PSDB, Aécio Neves (PSDB), prometeu durante visita ao Abrigo Cristo Redentor, em Higienópolis, na zona norte do Rio de Janeiro, prometeu reajustar o valor das aposentadorias com base no aumento real do salário mínimo e no aumento dos preços dos medicamentos. “Isso é absolutamente essencial para que os idosos possam viver com um mínimo de dignidade”, disse o candidato, em entrevista à imprensa após percorrer as instalações do abrigo.



APOIE O PLANTÃO BRASIL - Clique aqui!

Se você quer ajudar na luta contra Bolsonaro e a direita fascista, inscreva-se no canal do Plantão Brasil no YouTube.



O Plantão Brasil é um site independente. Se você quer ajudar na luta contra o golpismo e por um Brasil melhor, compartilhe com seus amigos e em grupos de Facebook e WhatsApp. Quanto mais gente tiver acesso às informações, menos poder terá a manipulação da mídia golpista.


Últimas notícias

Notícias do Flamengo Notícias do Corinthians