Antes contra casamento gay, Marina Silva defende adoção por casais homoafetivos e a criminalização da homofobia

Portal Plantão Brasil
24/8/2014 14:22

Antes contra casamento gay, Marina Silva defende adoção por casais homoafetivos e a criminalização da homofobia

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Um dos assuntos mais comentados nas redes sociais nesta quarta-feira pelos LGBTs foi a resposta da candidatura de Marina Silva no Facebook a um pedido de um eleitor para posicionamento sobre os direitos civis. De acordo com a resposta da equipe da candidata do PSB, Marina, que em 2010 se posicionou claramente contra o casamento gay, agora defende em seu programa de governo a adoção de crianças por casais homoafetivos e a criminalização da homofobia.

“Marina considera que as relações homoafetivas estáveis devam ter os mesmos direitos civis que as relações heteroafetivas. O Supremo Tribunal Federal já deu a essa união o estatuto de casamento civil. A questão legal sobre o tema está, portanto, resolvida no Brasil. De maneira similar, Marina é a favor da adoção de crianças por casais homossexuais”, diz a resposta ao eleitor.

A nova posição da candidata dividiu opiniões. Muitos elogiaram a mudança de postura de Marina outros, incrédulos, desconfiaram do redirecionamento da opinião da ambientalista. “Uma das duas Marinas não existe. ou a de 2010 ou está agora… ou aquela que dizia que tudo era motivo de plebiscito…”, escreveu um internauta. “Tem gente querendo achar controvérsia onde não há. Ela foi bem clara. É a favor do casamento civil. Fiquemos atentos ao desenrolar dos fatos, apenas”, escreveu uma internauta.”A questão do casamento civil não está resolvida, senhora Marina, é preciso avançar legislativamente para evitar que um dia a decisão do STF seja derrubada no Congresso”, apontou outro usuário das redes sociais.



Ainda na resposta, Marina apontou que seu programa de governo vai defender a criminalização da homofobia, uma antiga bandeira do movimento LGBT que há mais de 10 anos tramita no Congresso Nacional. “Há dentro do programa de governo um plano de criminalizar a homofobia, assim como é feito com o racismo. O programa seria lançado essa seamana, só não o foi porque houve a tragédia que vitimou Eduardo Campos”, disse o texto da equipe da ambientalista.

Em 2010, quando se lançou candidata à presidência pela primeira vez, Marina Silva disse em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que era contra o casamento gay. “Eu tenho uma posição contrária. Digo de uma forma transparente. Eu quero que as pessoas olhem para mim e digam: eu acho que não vou votar na Marina porque no ponto do casamento ela não é a favorável. Eu não vou ficar tergiversando, fazendo curvinha, para poder ganhar a simpatia das pessoas”, disse.

Em nova entrevista ao Roda Viva, no ano passado, a ambientalista apontava a mudança de postura. Ela foi novamente perguntada sobre o que pensava sobre o casamento civil e deu a seguinte resposta: Quando você fala a palavra casamento eu evoco a ideia de sacramento. Como sacramento não, como direito civil sim. Porque as pessoas têm o direito de fazer o que quiser da sua vida civil”.



Vice de Marina defende causa gay

Reportagem publicada no DIA nesta quarta-feira desnudou o perfil do candidato à vide escolhido para a chapa de Marina Silva. Beto Albuquerque, 51 anos, considerado um progressista em matéria de comportamento é um católico, que defende os direitos dos gays, é favorável ao aborto nos termos legais — a ex-senadora sugere um plebiscito sobre o tema — e é um crítico do uso da religião na política.

Sua escolha está relacionada à tentativa de equilibrar a imagem de ‘radical’ de Marina, “dando o peso e contrapeso que tinha a aliança entre Eduardo e ela”, explicou um dirigente.

“Ele tem história dentro do partido e tem o respeito de Marina, por isso, foi escolhido. Agora, somos Marina e Beto”, afirmou o ex-coordenador da campanha de Campos,Maurício Rands, que, primo de Renata, tinha, até então, a preferência da família.

A decisão foi fechada na terça-feira, em Recife, após consulta à viúva de Eduardo Campos, Renata Campos, num encontro no qual estavam presentes o próprio deputado, o presidente do PSB, Roberto Amaral, e o secretário-geral do partido, Carlos Siqueira.

O Dia Online



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