869 visitas - Fonte: Tijolaço
A coluna Painel, da Folha, confirma o que já vem sendo sentido há dias.
Aécio Neves caiu para um impensável terceiro lugar isolado nas intenções de voto e precisa apostar, agora, todas as suas fichas contra Marina Silva.
A direita brasileira, é claro, não confia na ex-senadora. Ou melhor, tem mesmo certeza de sua incapacidade de articular forças políticas capazes de dar – ironia, a palavra é esta – sustentabilidade a um eventual governo.
Mas, como deixa claro hoje a mais nova marinista do pedaço, a colunista da Folha Eliane Cantanhêde, importante é vencer, o problema é depois.
Mas, se não confia em Marina, o dilema da direita é que não crê em Aécio para o “antes”, que é vencer.
É disso que Aécio precisa se mostrar capaz, se não quiser “sumir” do mapa eleitoral.
E se, com a mídia para si, estava empacado, agora é que são elas.
À medida em que Marina se torna a alternativa a adotar contra Dilma, vem o paradoxo: também Dilma se torna o voto de quem rejeita Marina por motivos de A a Z ou alguns deles.
E Dilma, concordam até as pesquisas, está a poucos pontos de decidir a eleição no primeiro turno. O que torna “perigosíssimo” não apenas para a candidatura tucana, mas para todo o “stablishment” que lhe migre qualquer parcela do eleitorado.
O programa de televisão, já ficou claro, vai entrar com alguns pontos de contribuição para Dilma. Outro tanto, sobretudo no Nordeste e entre os mais pobres virá do engajamento de Lula.
Aécio está numa sinuca, por mais que diga estar pedindo calma a seus apoiadores.
Ou enfrenta Marina ou acaba de desaparecer.
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