580 visitas - Fonte: Rede Brasil Atual
A organização não governamental Greenpeace, com sede mundial nos Estados Unidos, lançou campanha no Brasil para reforçar a necessidade de discutir temas de mobilidade urbana nas eleições deste ano: cartazes colados por militantes da entidade na madrugada de terça para quarta-feira (13) unem a presidenta Dilma Rousseff (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB), os logotipos dos governos estadual e federal, e a mensagem "A espera acabou. Até o final de 2014 a extensão do metrô de São Paulo vai dobrar".
O impacto nos comitês de campanha do PT e do PSDB, adversários em nível federal e estadual, foi imediato. Como o Greenpeace resolveu adiar o anúncio sobre a autoria dos cartazes por conta da morte de Eduardo Campos (PSB) no mesmo dia em que a campanha foi deflagrada, o "mistério" alimentou trocas de acusações e inspirou ambos os partidos a acionarem a Justiça Eleitoral.
Entre as irregularidades citadas por PT e PSDB somam-se o uso indevido da imagem de governantes em peça publicitária privada, o uso indevido dos logotipos oficiais dos governos e crime eleitoral pela junção das imagens de Dilma e Alckmin – a presidenta apoia Alexandre Padilha, do PT, para o governo do estado de São Paulo, e Alckmin apoia Aécio Neves, do PSDB, para presidente. A empresa responsável pelos displays abriu inquérito para investigar a ação e está removendo o material dos abrigos de ônibus.
Em seu site, o Greenpeace buscou explicar a ação. "A provocação realizada pelo Greenpeace Brasil tem o objetivo de pressionar os candidatos a assumir verdadeiro compromisso com a melhoria do transporte público e com a mobilidade urbana para além de promessas eleitoreiras. A intervenção foi destaque na imprensa e provocou reações dos partidos dos candidatos", diz texto divulgado ontem (14). "O voto dos cidadãos é sempre conquistado com promessas que depois não são cumpridas", afirma Barbara Rubim, da Campanha de Transporte do Greenpeace. "Isso tem que mudar."
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