PML: Disputa presidencial não é questão de família

Portal Plantão Brasil
15/8/2014 13:33

PML: Disputa presidencial não é questão de família

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472 visitas - Fonte: Brasil 247

Em análise sobre os dilemas do PSB, o jornalista Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília, afirma que a definição de uma candidatura não se faz por laços de sangue, como defendeu Antônio Campos, ao se colocar como voto mais importante na definição de quem sucederá seu irmão Eduardo Campos na corrida presidencial; "Mesmo comandado com mão firme por Eduardo Campos, o PSB jamais ficou exibido como troféu na sala de visitas de sua casa. Era partido político real", diz ele; "Toda tentativa de resolver, de cima para baixo, uma disputa que envolve uma máquina política com essa dimensão lembra práticas típicas do coronelismo político, tradição nefasta contrária a toda noção de 'nova política' que Campos defendeu com muito empenho na campanha presidencial"; presidente do PSB, Roberto Amaral, defende mais cautela antes da definição da candidatura, ou não, de Marina Silva



O jornalista Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília, publica importante análise sobre os dilemas atuais do PSB, antes da definição da candidatura ou não de Marina Silva, que pode ter como vice Antônio Campos, irmão do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos.



No texto "PSB não pode ser tratado como assunto familiar", ele afirma que a definição dos rumos do partido a partir de laços de sangue "lembra práticas típicas do coronelismo político, tradição nefasta contrária a toda noção de “nova política” que Eduardo Campos defendeu com muito empenho na campanha presidencial".



Leia, abaixo, um trecho:



Lembrando a imensa dor da tragédia do Guarujá, cabe registrar que uma candidatura presidencial está longe de ser uma questão de família.



Os laços de sangue, sabemos todos, se mostram muito importantes na hora de enfrentar uma tragédia. O calor dos parentes, com frequência, é um dos poucos elementos que podem servir de consolo.



Seu lugar na vida política é outro, porém. Laços de sangue são ingredientes naturais das monarquias e demais regimes aristocráticos onde a sucessão política se resolve pela genética do trono.



No Brasil, isso não acontece há muito tempo. Ninguém procurou familiares de Luiz Inácio Lula da Silva para saber sobre o futuro do PT no momento em que se descobriu um tumor maligno em sua laringe e ninguém adivinhava suas chances de recuperação.

Ninguém defendeu que a família de Tancredo Neves tivesse prerrogativas especiais depois que uma doença trágica impediu a posse do fundador da Nova República.



Mesmo comandado com mão firme por Eduardo Campos, o PSB jamais ficou exibido como troféu na sala de visitas de sua casa. Era partido político real. Fundado por Antonio Houaiss, um de nossos intelectuais mais relevantes e cultos, o PSB reúne, conforme o último levantamento disponível, um total de seis governadores de Estado, 327 prefeitos, 4 senadores, 32 deputados federais, 71 estaduais, 3484 vereadores.

Toda tentativa de resolver, de cima para baixo, uma disputa que envolve uma máquina política com essa dimensão lembra práticas típicas do coronelismo político, tradição nefasta contrária a toda noção de “nova política” que Eduardo Campos defendeu com muito empenho na campanha presidencial.



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