Cresce participação das mulheres na eleição 2014

Portal Plantão Brasil
27/7/2014 14:16

Cresce participação das mulheres na eleição 2014

Neste ano, de um total de 722 candidatos no Amazonas, 226 são mulheres, ou 31,3% do total; em 2010, elas eram apenas 150, o que representava 28% do total de 535 candidaturas; na opinião do professor e sociólogo da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Renan Freitas, “o aumento de candidaturas de mulheres representa avanço porque demonstra que elas estão buscando seu lugar no cenário político”; maioria das mulheres candidatas nas eleições de 2014 tem entre 31 a 41 anos; das 226, 71 são dessa f

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863 visitas - Fonte: Brasil 247

D24AM (Sara Matos) - O percentual de candidaturas femininas no Amazonas nestas eleições é maior que as registradas nas últimas eleições gerais, em 2010. Neste ano, de um total de 722 candidatos, 226 são mulheres, ou 31,3% do total. Em 2010, elas eram apenas 150, o que representava 28% do total de 535 candidaturas. Os cálculos foram feitos com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).



Para sociólogos e cientistas políticos, o aumento das candidaturas femininas, representa um resultado de uma luta antiga da classe feminina. Mulheres integrantes de Movimentos Sociais dizem que o número não siginifica um ganho real.



Na disputa deste ano, de 629 candidatos a deputado estadual, 197 são mulheres, o que representa 27,3%. Para deputado federal, o total de candidatos chega a 80, e deste total, 28 são candidaturas femininas, representando 3,9% do total de candidaturas para este cargo.



Em 2010, de 418 candidaturas à Assembleia Legislativa do Estado (ALE), apenas 126 eram mulheres. Na disputa pela Câmara Federal, pelo Amazonas, de 71 candidatos, 22 eram mulheres. A disputa pelos cargos de governador e vice-governador não contava com a participação de mulheres e para o Senado Federal, duas mulheres eram candidatas, a atual senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) e Marilene Correa da Silva Freitas.



Nestas eleições, apenas uma mulher concorre ao cargo de vice-governador, a deputada federal Rebecca Garcia (PP), e, para o Senado, nenhuma está na disputa.



Nacionalmente, as candidaturas femininas, também aumentaram em relação a 2010. Segundo matéria do TSE, publicada no último dia 22 de julho, as candidaturas este ano, apresentaram aumento de 46,5% em relação a 2010. O Brasil possui quase 25 mil candidatos, destes, 7.407 são do sexo feminino, representando 29,73% do total de concorrentes em 2014. Em 2010, elas eram 5.056 (22,43%).



Cota para mulheres



A participação feminina no processo político é garantida pela Lei 9.507 (Lei das Eleições). A lei prevê que uma cota mínima, de 30%, seja reservada a mulheres no preenchimento de candidaturas. No Amazonas, dirigentes de partidos afirmam que tentam cumprir a cota.



O secretário-geral do PSD, Paulo Radin, disse que o partido não faz campanha de militância para a participação das mulheres, apenas incentiva. “Nossa política é filiar quem tem vontade. A classe de mulheres não quer saber de política”, afirmou.



Miguel Capobiago, secretário-geral do PMDB, também disse que o partido não realiza uma campanha para isso e que apenas trabalha através do núcleo ‘PMDB Mulher’. “Tentamos fazer com que a cota seja alcançada. Mas temos uma atenção grande pelo núcleo voltado para elas”, disse.



O PT, segundo o presidente municipal da sigla, Vital Melo, “é o único partido que reserva 50% das vagas para candidaturas femininas”.



Para Cristiane Telles, integrante do Movimento de Mulheres por Moradia Orquídeas (MMMO), ligado à União Nacional por Moradia Popular (UNMP), as mulheres são usadas como ‘laranjas’ pelos partidos. “É só para cumprir a cota. Infelizmente, as mulheres são usadas como ‘laranjas’. Não é entrar de fato para disputar e ganhar”, disse.



Na opinião do professor e sociólogo da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) Renan Freitas “o aumento de candidaturas de mulheres representa avanço porque demonstra que elas estão buscando seu lugar no cenário político”.



Para o professor e sociólogo da Ufam, Luiz Antônio Nascimento, o aumento no percentual de candidaturas femininas se deve às lutas de movimentos sociais que, segundo ele, foram em sua maioria, realizadas pelos “partidos de esquerda”.



Perfil das candidatas



A maioria das mulheres candidatas nas eleições de 2014 tem entre 31 a 41 anos. Das 226, 71 são dessa faixa etária. Em seguida, vêm as de 42 a 49 anos, com um total de 37. As de 50 a 59 anos representam 35 candidaturas. Em seguida, estão as de 19 a 30 anos, com um total de 33. Por último, vêm as mulheres de 60 a 75 anos com apenas 13 das 226.



A maioria também possui o Ensino Médio completo, com o total de 82, que representa 36,3% do total de 226. Depois vêm as que possuem Ensino Superior completo, que são 71, do total, o que representa 31,4%.



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