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Previsão anterior do Fundo Monetário Internacional para o crescimento da economia brasileira era de 1,8%; de acordo com a instituição financeira, emergentes crescerão 4,6% esse ano; relatório do FMI também reviu para baixo o crescimento dos EUA e da China
O Fundo Monetário Internacional (FMI) decidiu cortar suas previsões para o crescimento da economia brasileira neste ano. O FMI reduzir sua projeção do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 1,3%, ante 1,8% previstos em abril. Abaixo, reportagem da Reuters sobre o relatório do FMI divulgado nesta quinta-feira 24, que reviu para baixo também o crescimento dos Estados Unidos e da China.
FMI vê menos crescimento global; alerta para risco de estagnação em países ricos
WASHINGTON (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou nesta quinta-feira sua estimativa para o crescimento da economia global em 2014 para levar em consideração a fraqueza no início do ano nos Estados Unidos e na China, as duas maiores economias do mundo.
O FMI também alertou que apenas alguns dos fatores que motivaram a redução das projeções são temporários e afirmou que países mais ricos em particular enfrentam o risco de estagnação econômica a menos que façam mais para estimular o crescimento por meio de reformas mais profundas, como investimento em infraestrutura ou mudanças em leis tributárias.
Em atualização de seu relatório Perspectiva Econômica Global, o FMI informou que a economia global deve crescer 3,4 por cento neste ano, 0,3 ponto percentual abaixo do previsto em abril. O crescimento deve então acelerar a 4 por cento no ano seguinte, inalterado ante a estimativa anterior.
Mas o FMI afirmou que uma robusta recuperação global da profunda crise financeira de 2007-09 ainda é incerta, e que riscos geopolíticos oriundos das crises no Oriente Médio e na Ucrânia podem golpear ainda mais o crescimento.
"Ímpeto de demanda robusto ainda não emergiu, apesar de taxas de juros muito baixas e do arrefecimento dos obstáculos à recuperação, incluindo consolidação fiscal ou condições financeiras apertadas", trouxe o FMI, acrescentando que todas as principais economias avançadas fariam bem em manter as taxas de juros baixas por enquanto.
Bancos centrais nos EUA, Japão, zona do euro e Grã-Bretanha reduziram com força os juros para impulsionar o crescimento econômico e prometeram manter os níveis baixos por mais tempo para permitir que a recuperação seja sustentável.
Focos positivos na economia global, segundo o FMI, incluem a recuperação do crescimento no Japão, na Alemanha, na Espanha e no Reino Unido. Mas eles foram ofuscados pelo crescimento fraco nos EUA no primeiro semestre, além da desaceleração da demanda doméstica na China, cujo governo buscou reduzir a atividade de empréstimos e o mercado imobiliário esfriou.
A Rússia também pesou sobre as estimativas gerais. Sua economia praticamente não deve crescer neste ano, devido a sanções e outros impactos da crise da Ucrânia.
De fato, entre os Brics --Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul-- apenas a Índia escapou de ter suas estimativas reduzidas pelo FMI, com a confiança empresarial recuperando-se após as eleições no país.
Para essas projeções, o FMI calculou o crescimento do PIB usando novos parâmetros de paridade do poder de compra que foram divulgados neste ano, mostrando que a economia global cresceu de fato mais rapidamente nos últimos três anos do que o FMI havia previsto, especialmente nos mercados emergentes.
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