Desafio maior de Dilma é manter emprego e renda

Portal Plantão Brasil
21/7/2014 12:31

Desafio maior de Dilma é manter emprego e renda

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548 visitas - Fonte: Brasil 247

Mote principal da campanha de reeleição será a geração de 5 milhões de empregos na gestão de Dilma Rousseff; expectativa popular é a de que situação seja mantida; apostas contra, no entanto, contabilizam crescimento de férias coletivas e retração da produção industrial para prever fechamento de vagas; presidente alertou a empresários que predições negativas podem "bloquear soluções"; com 588 mil novos empregos criados no primeiro semestre, governo distribui estímulos para impedir inversão da curva; inflação controlada sofre pressão com expectativa pessimista; período eleitoral cria ambiente para especulação



A se tomar pelos números, a gestão da presidente Dilma Rousseff é, até aqui, um espetáculo de criação de empregos. Foram 5 milhões com carteira assinada até o final do primeiro semestre, quando se abriram em todo País mais de 588 mil vagas. Mesmo assim, é exatamente a imagem de campeã do mercado de trabalho que Dilma terá de defender nesta campanha eleitoral.



Apesar de, segundo pesquisa Datafolha, 70% dos brasileiros acreditarem que manterão seus empregos pelos próximos tempos, numa forte prova de confiança na economia, há uma aposta baixada na mídia tradicional de que a curva positiva de abertura de vagas irá se inverter antes de outubro, a tempo de influenciar decisivamente na eleição presidencial.



Um exemplo pronto e acabado dessa aposta é o editorial do jornal O Estado de S. Paulo, do sábado 19, que começa assim:



- A crise bate no mercado de emprego e mancha um dos poucos indicadores positivos da economia brasileira: a criação de postos de trabalho, registrou o Estadão. O argumento principal é o de que a indústria paulista fechou 96 mil vagas de trabalho no último ano. A criação, em número superior, de empregos no comércio e no setor de serviços não deverá resistir por muito mais tempo, aposta o jornal.



Predições como essas residem na conjunção de retração na produção industrial, elevação de férias coletivas no setor automobilístico e projeções de crescimento abaixo de 1% no PIB deste ano, ou até mesmo um desempenho negativo. O receio do governo está em que, de tanto serem moldadas, as previsões pessimistas finalmente se materializem, apoiadas no recrudescimento da crise internacional.



A presidente Dilma já percebeu os riscos, para ela, de não combater as expectativas negativas. A empresários, no sábado 19, ela lembrou que, mesmo embutido "num cenário de incertezas", o Brasil tem apresentado índices positivos de crescimento, ainda que menores do que em períodos anteriores. Mas que podem ser transformados em números verdadeiramente ruins se s empresários se deixarem abater pelo discurso de que a economia, necessariamente, não irá se recuperar:



- A pior opção para crise ou a maior dificuldade em qualquer ramo de atividade é o pessimismo, criado por dois motivos interligados e extremamente perigosos. O primeiro deles é a influência das expectativas negativas num mundo globalizado, que bloqueiam soluções. A segunda é a tentação de forçar as profecias mais negativas possíveis em regime pré-eleitoral".



Ao mesmo tempo em que a área econômica do governo procura baixar medidas de estímulo fiscal para diferentes setores, o núcleo político da presidente vai monitorando o avanço do discurso negativista. Para fazer o combate direto e preservar o ponto mais forte, até agora, do discurso eleitoral da presidente.



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