Dilma avança sobre Campos até no Nordeste

Portal Plantão Brasil
4/7/2014 12:44

Dilma avança sobre Campos até no Nordeste

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605 visitas - Fonte: Brasil 247

Datafolha mostra que a presidente está cada vez mais distante dos adversários, Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB), em todas as Regiões do País; nacionalmente, Dilma tem 38% das intenções de voto, enquanto Aécio aparece com 20% e Campos com 9%; no Nordeste, considerado reduto eleitoral do PT, Campos esperava que sua origem local e o sucesso de suas administrações à frente do governo de Pernambuco alavancassem sua candidatura, mas distância é ainda mais aparente: Dilma tem 55%, Campos tem 11% e Aécio, 10%; será possível reverter esse quadro a três meses das eleições?



Os resultados da pesquisa de intenção de voto divulgada pelo instituto Datafolha nesta quinta-feira (3) mostram mais do que um crescimento dos índices da presidente Dilma Rousseff (PT). Além da variação positiva na aprovação do governo e do sentimento da sociedade quanto à realização da Copa do Mundo no Brasil, Dilma despontou na frente do candidato do PSB, Eduardo Campos (PE), e do candidato do PSDB, Aécio Neves (MG), em todas as Regiões da Federação,incluindo o Nordeste, que compreende 27% do eleitorado nacional, fazendo com que a competitividade da postulação de Campos, que aparece empacado no terceiro lugar na corrida presidencial, se torne cada vez mais complicada.



Nacionalmente, Dilma tem 38% das intenções de voto, enquanto Aécio aparece com 20% e Campos com 9%. Todos os presidenciáveis apresentaram melhora em comparação com a última pesquisa divulgada pelo instituto, nas quais as porcentagens foram de 34%, 19% e 7%. Apenas o crescimento de Dilma, entretanto, se mostra acima da margem de erro, de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.



Entretanto, no Nordeste, região considerada como reduto eleitoral do ex-presidente e padrinho político de Dilma, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a disparidade entre a presidente e os adversários é bem mais aparente: Dilma aparece com 55%, enquanto Campos tem 11%, estando empatado tecnicamente com Aécio, que aparece com 10%. A diferença de 44% entre as candidaturas petista e socialista se tornou um foco de preocupação para Campos.



Ao formalizar a candidatura à Presidência da República, o socialista contava com a origem Nordestina e o sucesso das suas duas administrações à frente no Governo de Pernambuco para atrair o eleitorado do Nordeste e ganhar forças com o passar da campanha. A sua vice na chapa, a ex-senadora Marina Silva, utilizaria o capital eleitoral de 20 milhões de votos que obteve na última eleição presidencial para atrair os eleitores dos grandes centros, em especial os das regiões Sul e Sudeste, algo que até o momento ainda não se concretizou.



O candidato empacou nas pesquisas e parece não ter conseguido o apoio que era esperado a esta altura do campeonato. Apesar das críticas constantes a gestão da presidente Dilma e a promessa de que os programas beneficentes do Governo Federal serão mantidos em um eventual governo socialista, a campanha custa a se destacar até mesmo em Pernambuco, onde Campos foi reeleito para o Governo do Estado, em 2010, com 82% dos votos.



No Estado, as intenções de voto entre os Campos e Dilma estão tecnicamente empatadas, com o socialista aparecendo com 40% e a petista, com 39%. A vitória em Pernambuco, entretanto, é considerada como crucial tanto para o presidenciável do PSB quanto para a petista. Enquanto o ex-governador deve usar a gestão no governo pernambucano como uma vitrine para a candidatura nacional, o PT considera que a vitória de Dilma em Pernambuco sirva como lição pela falta de crédito dado pelo PSB quanto à participação do Governo Federal no desenvolvimento do Estado.



Enquanto Dilma lidera com folga na Região onde Campos esperava estar mais fortalecido, no Sudeste a presidente também aparece na frente, mas em um cenário mais apertado. Na região, a petista aparece com 28% das intenções de voto, contra 27% de Aécio e 9% de Campos. Por ter os dois maiores colégios eleitorais do Brasil, ambos redutos eleitorais do PSDB - São Paulo e Minas Gerais, respectivamente -, a vitória de Dilma na região, mesmo que apertada, é considerada como positiva para o PT. Já no Norte, Dilma tem 35%, contra 17% de Aécio e 10% de Campos; no Centro-Oeste, a petista tem 35%, contra 22% do tucano e 10% de Campos; no Sul, os índices são de 33%, 22% e 7%, respectivamente.



Ao comentar sobre os resultados do Datafolha, Campos afirmou que as porcentagens o deixam "muito animado" porque "os adversários são conhecidos por 100% da população". O governador, que está empatado tecnicamente com o Pastor Everaldo (4%), destacou ainda que a campanha só começará oficialmente no próximo domingo (6)e espera alavancar a sua candidatura, tornando-se mais conhecido pelo eleitor a partir do início do guia eleitoral no rádio e televisão.



O problema é que o discurso de Campos, de que a campanha eleitoral "está prestes a começar" vem sendo feito há muito tempo. Desde o início das pesquisas de intenção de voto, em 2013, a campanha do socialista não conseguiu decolar na velocidade esperada. Nem mesmo com a entrada da ex-ministra Marina Silva no PSB após o Rede Sustentabilidade tero registro negado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em outubro do ano passado. Na época, o ato foi considerado como o fato mais espetacular na política dos últimos tempos, devido aos 20 milhões de votos obtidos por Marina nas eleições presidenciais de 2010.



Campos e Marina se juntaram, mas a chapa não convenceu. O que era para ser uma junção das vantagens entre o ex-governador e a ex-ministra se mostrou algo dificil de ser posto em prática. Divergências constantes entre o PSB e a Rede inviabilizaram uma série de alianças regionais e geraram um clima tenso entre as legendas que ainda não foi superado.



Nove meses depois, as intenções de voto da chapa socialista estão estacionadas na casa dos 10%, e os três meses que faltam até a data das eleições podem não ser suficientes para que o socialista consiga se apresentar como uma "terceira via" e tentar reverter os números mostrados mensalmente pelas instituições de pesquisa.



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