742 visitas - Fonte: Rede Brasil Atual
Um viaduto sobre a avenida Pedro I, no bairro São João Batista, em Belo Horizonte, desabou por volta das 15h de hoje(3). Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, uma pessoa faleceu sob o concreto, embora a Secretaria de Saúde de Belo Horizonte afirme que há dois mortos. Duas horas após o acidente, a conta do número de feridos registrava 22 pessoas.
O viaduto é uma das obras de mobilidade urbana feitas em função da Copa do Mundo. Ele faz parte do complexo viário por onde passariam os ônibus do sistema de Veículos Longos sobre Pneus. A obra estava praticamente pronta e passava apenas por acabamentos, como obras de jardinagem. A previsão era que fossem transportadas cerca de 20 mil passageiros por hora em cada sentido após a inauguração. Em um trecho do complexo, o VLP já estava operando.
Apesar de ter recebido pouco mais R$ 311 milhões de recursos federais, provenientes do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), a obra era de responsabilidade da Superintendência de Desenvolvimento da Capital, uma autarquia da prefeitura de Belo Horizonte. A empreiteira responsável pela obra é a Cowan Investimentos em Infraestrutura S.A. Ao todo, foram investidos R$ 713,4 milhões, R$ 5,1 milhões deles apenas para o projeto, realizado pela prefeitura da capital mineira.
Uma das pessoas mortas é a motorista de um ônibus que bateu contra a estrutura de concreto. A passagem sob o viaduto estava aberta normalmente para o trânsito. Imagens aéreas mostram que pelo menos dois caminhões da Cowan foram atingidos pelos escombros, além do ônibus. Os três veículos já foram retirados. Um carro particular ainda está sob as toneladas de concreto, totalmente esmagado. Não se sabe se há vítimas presas nas ferragens. Os bombeiros irão cortar o viaduto em blocos para ter acesso às áreas onde podem estar mais vítimas.
No começo de junho, outra obra financiada com recursos do PAC, um pedaço do monotrilho da linha 17-Ouro da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também ruiu e desabou sobre uma via em São Paulo. O operário Juraci Cunha dos Santos, que trabalhava na estrutura, morreu no desastre. A obra era de responsabilidade do governo paulista e conduzida pelas empreiteiras Andrade Gutierrez, CR Almeida e Scomi, sob o Consórcio Monotrilho Integração. As causas dos acidentes ainda não foram apuradas.
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