741 visitas - Fonte: Tijolaço
Obvio, até para macacos menos velhos do que eu, que a decisão de Dilma Rousseff de presidir a cerimônia de entrega da Copa do Mundo não é só um rompante de valentia da presidenta.
Aliás, se fosse, já seria muito bom, porque é de cabeça erguida que ela enfrentou tudo na vida e se saiu muito bem assim.
Mas chegaram a meu conhecimento dados de pesquisas, que posso legalmente revelar, porque não se tratam de pesquisa eleitoral.
São sobre a percepção/satisfação do brasileiro com a Copa do Mundo.
Foram feitas logo na semana da abertura dos jogos e estão sendo renovada agora, pelo que não posso falar dos números atuais, senão genericamente.
Já da semana anterior à abertura para dois dias depois do jogo inaugural, o apoio à Copa passou de 54% a 66% e a oposição caiu de 39% para 27%. Agora, o primeiro índice disparou para cima e o segundo despencou. Não será estranho que estejam acima de 80% e abaixo de 10%, respetivamente.
A avaliação do legado da competição para o país, que era negativa em 60%, caiu para 50% logo aós a abertura e este julgamento segue em queda muito forte. A avaliação positiva, que estava em 31% na semana anterior ao primeiro jogo, subiu para 35% e, agora, empatará, no mínimo, com a negativa.
E a impressão sobre a qualidade da organização dos jogos, que era de 20% de “ruim e péssimo” no dia do jogo de abertura tem um número tão pequeno agora que estatisticamente são uns “gatos-pingados” – ou, para usar a expressão ingênua do meu bom companheiro Gilberto Carvalho, gatos gotejados.
Ressalto que recebi informações “por alto”.
Que, mais cedo ou mais tarde, acabarão por ser confirmadas, quando começarem a sair novas pesquisas.
Depois do Ronaldo, da Globo, quem sabe vamos ver as disfarçadas “emendas do soneto trágico” que pintavam o Ibope e lo Datafolha?
Aliás, o Datafolha registrou hoje um no TSE, em tese a ser realizada terça e quarta-feira.
O fato objetivo, em minha análise, é que a direita raivosa e “coxinha” cometeu, com os xingamentos no Itaquerão, o mesmo erro político que teve com o coro de “escravos, escravos” dirigidos aos cubanos do “Mais Médicos”.
Virou o fio e produziu um efeito político reverso que, de outra forma, talvez não acontecesse.
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