673 visitas - Fonte: Tijolaço
Sem ter o que dizer, a grande mídia hoje apela para uma suposta irregularidade na entrega à Petrobras do ultramegacampo de Búzios, que pode chegar, no total, ao dobro do petróleo de Libra.
A história, agora, é a de que o Conselho de Administração da Empresa não se reuniu para aprovar o contrato com a União.
É claro que não, porque o contrato só será assinado em dois meses e, sim, depois de aprovado pelo Conselho.
O que houve esta semana foi a aprovação do Conselho Nacional de Política Energética de resolução que autoriza a contratação da Petrobras, pela União, para explorar o campo, em determinadas condições.
Se o Conselho da Petrobras quiser, recusa o contrato.
O que só faria, é claro, se fosse louco.
Que empresa de petróleo rebarbaria a oferta de contratação para explorar a maior jazida de petróleo já descoberta neste século?
O repórter Nicola Pamplona, do Brasil Econômico, explica exatamente o que foi aprovado, pelo CNPE, como estabelece a lei:
“A resolução (aprovada) determina que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) elabore uma minuta de contrato de partilha para a exploração dos volumes excedentes das áreas, que hoje já estão sob concessão da Petrobras, mas com um limite de produção de até 5 bilhões de barris. Entre as premissas do contrato, está a impossibilidade de transferência das áreas a terceiros e a indicação da Pré-Sal Petróleo SA (PPSA) como representante do governo na gestão do contrato — a estatal ficará com R$ 150 milhões do bônus pago pela Petrobras . Os índices de conteúdo local serão de 55% para plataformas que entrarem em operação até 2021, e de 59% para projetos posteriores.”
E resume, de maneira muito clara, o tamanho do que está em jogo:
“Com as novas estimativas de volume, a Petrobras passa a deter reservas potencialmente recuperáveis entre 34,3 bilhões e 43,7 bilhões de barris, incluindo outras descobertas do pré-sal, Libra e os 5 bilhões da cessão onerosa. Somado às reservas provadas atuais, de 16 bilhões de barris, o volume colocaria o Brasil acima da Líbia na lista das maiores reservas mundiais.”
A Líbia, cujo petróleo “justificou” uma guerra, é o nono país em reservas.
A conversa de que a Petrobras vai pagar antes de tirar o petróleo é uma tolice.
Nos leilões, o bônus também é pago muito antes de se extrair o petróleo.
A história de que a “não-aprovação” do Conselho viola as regras de governança é uma idiotice.
Conselho de Administração não “negocia” contratos: aprova-os ou não os aprova que sejam firmados.
É fantástico o comportamento da nossa mídia “defendendo” a Petrobras do “crime” praticado pelo Governo, de dar-lhe o maior campo de petróleo do século 21!
O que é o destino de um país perto dos dividendos do próximo balanço Petrobras, renderem mais uns 20 centavos por ação, porque a empresa não terá de pagar uma parcela de R$ 2 bi pelo “campo do século”?
Ou será que os “black blocs” da letra de forma dirão que “não é só pelos 20 centavos”?
Claro que não é, é por 20 bilhões de barris de petróleo…
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