Pezão perdeu Dilma. Trocou-a por um Cesar Maia em fim de carreira

Portal Plantão Brasil
24/6/2014 14:56

Pezão perdeu Dilma. Trocou-a por um Cesar Maia em fim de carreira

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767 visitas - Fonte: Tijolaço

Achar que eleições no Rio de Janeiro são definidas com muita antecedência é erro que aprendi a não cometer desde que Leonel Brizola arrancou de seus “2% no Ibope” para a vitória retumbante de 1982.

Mas me arrisco, a esta altura, a dizer que ela avança para um enfrentamento entre Lindbergh Farias e uma encarniçada disputa entre Garotinho e Pezão pela vaga remanescente no segundo turno.

Arrisco, porque nada pode servir de bússola eleitoral no meu Estado senão a intuição e as tendências que costuma assumir cada parte do eleitorado carioca e fluminense.

Tenho que concordar com o que diz Anthony Garotinho, ao afirmar que Sérgio Cabral renunciou apenas à derrota que se anunciava depois que Romário cedeu ao bom-senso e firmou uma aliança com Lindbergh.

A aliança com César Maia, que tem como consequência praticamente obrigar Pezão a dar palanque para Aécio Neves no Rio de Janeiro, é apenas mais um movimento na longa e triste trajetória de Sérgio Cabral, um colecionador de traições, da qual, aliás, se enche a política brasileira em geral e a do Rio de Janeiro, especialmente.

De certa forma, Dilma e Lula estão pagando aqui por algo que não devem nunca perder: a boa-fé.

Cabral, a quem Lula deu a chance de banhar-se no Rio Jordão em 2010, é um traste político, a esta altura, mas controla a máquina estadual e a máquina dá sempre algo entre 20 e 30% numa disputa estadual.

O problema é que Cabral mostrou que não vai entregar isso a Pezão.

Acaba de rifar as possibilidade de que ele fosse o candidato da Dilma, ou um deles.

O que poderia lhe dar a legitimidade que não tem.

E empurra a presidenta para uma necessária composição com Garotinho, como a que já havia com Crivella, que corre em nicho próprio.

Ambos têm a liderança nas pesquisas, hoje, mas possuem reconhecidos limites de crescimento embora possuam um eleitorado sólido.

E Cabral, o que ganha com a adesão a Aécio e a perda de Dilma?

O eleitorado da Zona Sul e em outras parcelas da classe média, hoje um feudo tucano, já não estaria contabilizado como perda nas contas da candidata a reeleição?

E Cabral acha que isso redimirá seu candidato do desgaste que ele acumulou nessas áreas? Ao contrário, será o candidato do PT o principal destinatário dos votos aecistas que não toleram a ideia de votar em Cabral.

Terminou o que era impossível continuar: todos os candidatos a governador apoiarem Dilma.

E a aliança de Lindbergh com o PSB desobriga-a, também, de ter um único candidato.

Terá três.

E Aécio, terá um ou ficará prisioneiro de assumir a rejeição de Cabral no eleitorado de classe média, o que lhe é cativo?

Porque Pezão, que nada é, corre o risco de não ser nada: nem o candidato de Dilma, nem o de Lula, nem o de César Maia, nem o de Eduardo Paes.

E nem o de Sérgio Cabral, que detonou completamente os discursos e as chances do “seu candidato”.

Pezão perdeu o chão.

Sua candidatura passou a ser, em todos os sentidos, a de Cabral, sobretudo o de não ter personalidade própria.

Cabral esquece que, por mais que duas décadas de traições e mesquinharias tenham apequenado a política no Rio de Janeiro, sobrevive aqui, como em poucos lugares, o sentido nacional dos embates.



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