Luciana Genro: 'Legalização da maconha é imperativa'

Portal Plantão Brasil
21/6/2014 13:39

Luciana Genro: 'Legalização da maconha é imperativa'

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Pré-candidata à presidência da República pelo PSOL, a ex-deputada federal Luciana Genro entende que "a guerra às drogas fracassou" e, na prática, se constitui em uma guerra contra os pobres; ela elogiou o modelo de regulamentação da maconha via controle do Estado adotado pelo Uruguai: "O Mujica nos dá um grande exemplo"



Pré-candidata à presidência da República pelo PSOL, a ex-deputada federal Luciana Genro disse, em entrevista ao programa Conexão RS, da Ulbra TV, nesta quarta-feira (18), que a legalização da maconha é imperativa no Brasil. O programa foi exibido às 18 horas, ao vivo, pelos canais 21 da NET e 48 da antena UHF, e contou com a participação de jornalistas da emissora, do Sul21 e do portal Terra.



A socialista entende que “a guerra às drogas fracassou” e, na prática, se constitui em uma guerra contra os pobres. E elogiou o modelo de regulamentação via controle do Estado adotado pelo Uruguai. “O Mujica nos dá um grande exemplo no Uruguai”, defendeu.



Durante a entrevista, Luciana Genro também frisou a necessidade de haver uma taxação mais efetiva sobre as grandes fortunas e de o Brasil adotar um sistema tributário que incida mais sobre a propriedade e menos sobre os salários. “Temos uma proposta de revolução tributária. Hoje, a carga de impostos é extremamente elevada sobre o consumo e o salário. Já o patrimônio e a riqueza são fracamente tributados”, criticou.



Manifestações



Questionada a respeito das depredações de bancos e prédios públicos provocadas por uma parte dos manifestantes durante protestos, Luciana Genro disse ser contra “qualquer violência gratuita”, mas lembrou que a violência da repressão policial é sempre muito superior às atitudes dos ativistas.



“Sou contra que a polícia reprima as manifestações e que esses jovens que participam das lutas sociais sejam criminalizados. Esses atos de violência gratuita atrapalham nossa estratégia, que é ter milhões nas ruas. As pessoas se afastam, porque têm medo ou de quem depreda ou da reação da polícia, que é sempre muito mais violenta do que as depredações”, explicou.



Contudo, para a pré-candidata do PSOL, “os bancos são os verdadeiros terroristas contra o povo”. Ela disse que compreende a violência manifestada nos protestos contra os bancos, mas acredita que esse método não irá modificar a situação do setor financeiro no país. “É legítima a indignação contra os bancos, mas é ineficaz sair quebrando porta de banco. Acho muito mais eficaz uma organização da indignação”, defendeu.



Doações de campanha



Em 2008, quando concorreu à prefeitura de Porto Alegre, a candidatura de Luciana Genro recebeu R$ 100 mil da empresa Gerdau e deflagrou um intenso debate nas fileiras do seu partido. Questionada sobre isso, ela disse que o episódio acabou gerando desgaste político, mas assinalou que não mudou suas posições políticas por conta da doação.



“Se eu for considerar o desgaste político que tive e os míseros R$ 100 mil que eu recebi naquela campanha, talvez não tenha valido a pena. Mas tenho a minha consciência absolutamente tranquila, porque nunca mudei um milímetro as minhas ideias por causa de financiamento de campanha”, respondeu.



Luciana lembrou que o estatuto do PSOL proíbe doações de empreiteiras, de empresas multinacionais e estrangeiras e de bancos. “Com esses três segmentos, não queremos diálogo”, acrescentou.



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