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Secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes, concorda que a maioria que quer a Copa não está festejando porque teme represálias da minoria que não quer, em entrevista ao Blog da Cidadania; pesquisa Ibope recém-divulgada mostra que 51% da população está a favor da realização da maior competição de futebol do mundo e que 42% estão contra
O programa Contraponto de junho (segunda-feira, 2 de junho) entrevistou o secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes, o segundo na hierarquia da pasta. O tema da entrevista foi a Copa do Mundo de 2014 e as controvérsias e até a comoção social que tem suscitado. Essa entrevista permite uma conclusão surpreendente, porém óbvia.
Antes de prosseguir, vale explicar, para quem não sabe, que esse programa é uma iniciativa do Centro de Estudos da Mídia Barão de Itararé e do sindicato dos Bancários de São Paulo e vai ao ar mensalmente. Este blogueiro integra sua produção e participou, como entrevistador, de todas as suas edições, com exceção da edição de abril, que versou sobre o Dia da Mulher.
O Contraponto já entrevistou personalidades como o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, o jurista Dalmo de Abreu Dallari e o pré-candidato ao governo de São Paulo Alexandre Padilha. É transmitido mensalmente pela Rede Brasil atual, via streaming.
A entrevista começou pelo custo do evento, se foi usado dinheiro público destinado a saúde e educação e quanto desse tipo de recurso foi gasto. Abordou, também, a suposta ociosidade que dizem que se abaterá sobre os estádios após a competição.
Também foi discutida a questão das remoções de moradores e, por fim, a visível apatia dos brasileiros com a Copa.
Deixemos a questão principal – a que intitula o texto – para o fim. Tratemos, primeiro, do “Gasto de dinheiro público que deveria ter sido usado em Saúde e Educação”. Quanto do orçamento da Copa é composto de dinheiro público?
Em primeiro lugar, há que distinguir o que são gastos com a Copa e gastos em obras que serão usadas no cotidiano dos brasileiros e que teriam sido construídas com ou sem a realização do evento, tais como aeroportos, portos, estradas, pontes, viadutos, metrô etc.
Comecemos pelos aeroportos. Quem se lembra do “caos aéreo”? Até a eleição de 2010, o assunto não saía da mídia, que bradava pela insuficiência de nossos aeroportos…
Este que escreve tem conversado com pessoas de diferentes posições políticas que já usaram os novos terminais e aeroportos que vêm sendo inaugurados e as críticas são quase nulas, enquanto elogios abundam. Mesmo a mídia quase não tem batido nos aeroportos
Ora, o país precisava, sim, de aeroportos e a Copa praticamente os dará ao país de graça, porque o faturamento do evento, estimado por estudos encomendados pelo governo a consultoria feita em parceria entre a Fundação Getúlio Vargas e a Ernest & Young, chega 142 bilhões de reais
Essa dinheirama pagará pelos estádios. E não só. Pagará por todas as obras de mobilidade urbana que estão sendo inauguradas.
Abaixo, um vídeo que todos os que negam a quantidade de obras entregues precisam assistir. Em 5 minutos, você descobrirá o que a mídia esconde sobre onde foram empregados os recursos e sobre quantas obras de porte o Brasil edificou nos últimos sete anos.
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