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Procurador-geral da República, que foi chamado de "censor da República" por associação de delegados da Polícia Federal, nega que tenha havido censura em seu pedido ao STF para que a corporação não se manifestasse sobre a 5ª fase da Operação Ararath, no Mato Grosso; "Não houve censura nenhuma. O que eu pretendi com isso é que a gente tivesse foco na própria investigação. A investigação tem um escopo e esse escopo não pode ser driblado", respondeu Rodrigo Janot nesta terça-feira
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, negou nesta terça-feira 27 que tenha praticado censura ao pedir ao Supremo Tribunal Federal que impedisse a Polícia Federal de se manifestar sobre a 5ª fase da Operação Ararath, deflagrada no Mato Grosso. Em nota, a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) chamou Janot de "censor da República" e disse que o "fato, considerado inédito, causou grande perplexidade e indignação entre os Delegados da Polícia Federal".
"Não houve censura nenhuma. O que eu pretendi com isso é que a gente tivesse foco na própria investigação. A investigação tem um escopo e esse escopo não pode ser driblado", disse Janot, depois de ter participado de reunião no Senado. O pedido do procurador-geral foi acatado pelo ministro Dias Toffoli, do STF, que impediu a PF de divulgar informações sobre a operação, que prendeu o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa – solto após pagar fiança –, o deputado estadual José Riva e o ex-secretário estadual Eder Moraes.
"Continuo achando que o sigilo foi razoável porque focamos todos na operação e continuo achando que o sigilo ainda é necessário porque não tivemos condições de analisar tudo aquilo que foi objeto das buscas e apreensões", acrescentou Rodrigo Janot. Na nota divulgada pela ADPF, os delegados classificam a atitude como "a mais contundente violência sofrida pela instituição desde a redemocratização do Brasil".
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