651 visitas - Fonte: Tijolaço
A repórter Lúcia Rodrigues fez, para o Viomundo, a reportagem que a imprensa de São Paulo não faz: sobre como está a vida das pessoas da periferia já atingidas – não importa que nome se queira dar (ou não se queira dar) – pelo racionamento de água em São Paulo.
Lúcia, com fotos de Mohamad Hanjoura, fez o que parece ser vetado aos repórteres dos grandes jornais, que se limitam a escrever que “o nível da represa subiu para 26,7%”, como se a represa pudesse encher quando se tira água de seu fundo.
Para estas pessoas não há “volume morto” ou “reserva emergencial”. Há – e já não há, tamanha a procura – tonéis e bombonas para tentar armazenas água.
O Estadão, aliás, percebe que os tais 26,7% era mais uma “obra” do Governo Alckmin, e dá os números da Agência Nacional de Águas, que calcula a percentagem sobre o novo volume – em tese – disponível e aponta um valor de 22,9%.
Como ninguém bebe percentagem, o fato é que se tudo for como diz a Sabesp, o reservatório tem uma disponibilidade igual à que possuía em meados de janeiro deste ano.
Novamente em tese, isso permitiria cinco meses de abastecimento, mantido o ritmo atual de chuva e de consumo.
Não dá para avaliar como o bombeamento está funcionando porque, nas medições disponíveis, foram usados apenas 400 milhões de litros de água do reservatório Jaguari-Jacareí, o que dá uma vazão de apenas 1,5 metros cúbicos por segundo, dez por cento do que vinha sendo retirado quando a água ainda tinha nível para entrar naturalmente pelas tomadas d’água.
Não é possível informar mais porque a Sabesp tirou do ar o site que informava as vazões de cada represa.
Como quem tira o sofá da sala, não é?
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