Cenário político no RS não repete alianças nacionais

Portal Plantão Brasil
19/5/2014 10:47

Cenário político no RS não repete alianças nacionais

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789 visitas - Fonte: Brasil 247

O PP, por exemplo, faz parte da base do governo Dilma, que concorre à reeleição pelo PT, e no Rio Grande do Sul estará unido ao principal partido adversário petista nos últimos pleitos ao Palácio do Planalto: o PSDB; no dia 24 de maio, os progressistas lançam a pré-candidatura da senadora Ana Amélia Lemos ao Piratini com a presença do presidenciável tucano Aécio Neves (PSDB)



Juntos e misturados. Assim pode ser definido o cenário político no Rio Grande do Sul em relação às eleições de outubro tanto ao governo do Estado quanto à Presidência da República. Os palanques irão destoar, se comparado o cenário gaúcho com o nacional. Alianças em nível nacional não se repetirão, na maioria dos casos, no Estado, e partidos aliados em solo gaúcho apoiam candidatos diferentes na eleição presidencial.



O PP, por exemplo, faz parte da base do governo Dilma, que concorre à reeleição pelo PT, e no Rio grande do Sul estará unido ao principal partido adversário petista nos últimos pleitos ao Palácio do Planalto: o PSDB. No dia 24 de maio, os progressistas lançam a pré-candidatura da senadora Ana Amélia Lemos ao Piratini com a presença do presidenciável tucano Aécio Neves (PSDB). Os dois senadores estarão do mesmo lado na campanha eleitoral no Rio Grande do Sul.



No Estado, o PP fechou aliança com PSDB e o Solidariedade (SDD). Conforme o presidente da sigla progressista, Celso Bernardi, os candidatos a vice e ao Senado da aliança só serão definidos depois do lançamento da pré-candidatura de Ana Amélia.



“Fizemos um pacto de só definir os nomes depois do dia 24. Estamos conversando com outros partidos ainda, mas o tripé da aliança é PP, PSDB, Solidariedade”, completa ele. O deputado estadual Cassiá Carpes (SDD) e o deputado federal Marchezan Júnior (PSDB) são nomes cotados para as vagas em aberto.



PMDB, o maior aliado de Eduardo Campos



Principal aliado do governo Dilma Rousseff, o PMDB irá concorrer ao governo do Estado com o ex-prefeito de Caxias do Sul José Ivo Sartori, com o apoio do PSB. Em troca, será o principal aliado no Estado do pré-candidato a presidente Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco. Até setembro de 2013, os socialistas fizeram parte dos governos Dilma e Tarso Genro, deixando ambas as gestões depois da confirmação da candidatura própria à Presidência.



Além de dar palanque a Campos, o PMDB deu a vaga de senador ao PSB, em articulação definida na última quinta-feira (15), com o apoio ao deputado federal Beto Albuquerque para o cargo. Para fechar a aliança majoritária, falta definir o vice de Sartori. A vaga foi oferecida ao empresário José Paulo Cairoli, que, no momento, é pré-candidato a governador pelo PSD. A tendência é que esta questão esteja resolvida já nesta semana.



Tarso, único palanque de Dilma, por enquanto



Candidato à reeleição, o governador Tarso Genro (PT) é, por enquanto, o único palanque garantido à presidente Dilma Rousseff nos pampas. A exemplo de outros candidatos ao Piratini, Tarso ainda não tem vice. O mais cotado é o deputado estadual do PTB Luís Augusto Lara. Conforme o presidente estadual da sigla, deputado federal Luiz Carlos Busato, Lara ficou de conversar com apoiadores e dar uma resposta nesta semana.



Certo mesmo é que o nome sairá do PTB. Já a vaga ao Senado ficou com o PCdoB, que concorrerá com Emília Fernandes. No cenário nacional, os petebistas ainda não definiram candidato, mas a tendência é apoiar a reeleição de Dilma, já que o partido integra a base aliada.



“Essa é a tendência, mas temos de aparar umas arestas”, afirma Busato, acrescentando que essas questões serão discutidas em um almoço na próxima quarta-feira (21) entre a cúpula do PTB e a presidente.



Vieira tem apoio do DEM



Também da base aliada do governo federal, o PDT definiu por candidatura própria ao Piratini e concorrerá com o deputado federal Vieira da Cunha. Assim que tomou a decisão, o PDT deixou, em dezembro do ano passado, o governo petista no Estado.



Mas a candidatura de Vieira só ganhou fôlego no começo do mês com a adesão do DEM, que garante mais tempo na propaganda eleitoral. O vice da coligação ainda não foi definido. Já o pré-candidato ao Senado é o jornalista Lasier Martins (PDT).



Quanto ao palanque presidencial, os trabalhistas gaúchos ainda não definiram em qual subirão, mas há possibilidade de continuar no da presidente Dilma. A decisão será tomada mais adiante, em junho, conforme o presidente estadual do PDT, Romildo Bolzan. “Essa questão não nos atrapalha, estamos liberados para isso”, afirma Bolzan, referindo-se ao aval da direção nacional para fechar alianças, independentemente, do cenário nacional. Seu principal aliado, o DEM, estará ao lado do tucano Aécio Neves.



Cairoli, alvo das siglas para vice



Candidato a governador pelo PSD, o empresário José Paulo Cairoli é cortejado por muitos partidos para ser vice-governador. Convites vieram do PP, PDT e PMDB e conversas foram efetuadas com o governador Tarso Genro.



Mas o empresário diz que não tem pressa para tomar uma decisão e que as negociações devem se estender até o final do mês. Em relação às eleições a presidente, Cairoli diz que o partido deverá apoiar Dilma, porém faz uma ressalva: “em caso de uma coligação, isso (o apoio) tem de ser reavaliado”.



PSOL e PSTU: juntos no Rio Grande do Sul, separados no País



Partidos de extrema esquerda, PSOL e PSTU fecharam uma frente para concorrer ao Palácio Piratini. Roberto Robaina (PSOL) será o candidato a governador e Júlio Flores (PSTU), o concorrente ao Senado. O nome do vice, conforme a presidente do PSTU, Vera Guasso, está sendo construído. Já quanto ao apoio à candidatura presidencial, os partidos seguem rumos diferentes. O PSOL lançou o senador Randolfe Rodrigues e o PSTU, José Maria de Almeida.



Apesar de todas estas negociações estarem nos acertos finais, são as convenções partidárias que formalmente concedem o aval às composições para as chapas majoritárias e proporcionais. A tradição segue sendo a de transformar estas ocasiões em referendos festivos ao intenso trabalho de articulação política que costuma caracterizar o período que os antecede. Conforme a legislação eleitoral, as convenções partidárias têm de ocorrer no mês de junho, conforme as normas eleitorais.



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