627 visitas - Fonte: Brasil 247
Em entrevista ao 247, o ex-prefeito Gilberto Kassab comentou a especulação política do fim de semana: a de que Henrique Meirelles, filiado ao seu PSD, poderá ser vice na chapa do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em 2014; "uma tese furada", afirmou; Kassab explica que o apoio à reeleição da presidente Dilma foi o primeiro compromisso assumido pelo PSD e não será quebrado; o que não significa que diretórios regionais do partido não possam adotar caminhos mais próximos ao PSDB; "mas nada muda na aliança nacional com Dilma", assegura; alívio no Planalto
O ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, filiado ao PSD, não será o vice na chapa do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Quem garante é o próprio presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab. "Impossível", disse ele ao 247.
A especulação surgiu neste domingo depois que a jornalista Vera Magalhães, editora do Painel, levantou a hipótese.
Com Meirelles, Aécio conseguiria ampliar seu arco de alianças, teria mais tempo de televisão e também atrairia um quadro respeitado, que, durante oito anos, serviu ao governo do ex-presidente Lula.
No entanto, Kassab garante que isso não passa de especulação. "Uma tese furada", garante. "O primeiro compromisso assumido pelo PSD foi o apoio à reeleição da presidente Dilma e não será quebrado", afirma.
Segundo o ex-prefeito, que deve disputar o governo de São Paulo em 2014, as especulações surgem em razão das escolhas regionais dos diretórios do PSD, onde, em alguns casos, não há alinhamento com o PT.
Um dos exemplos é o do Amazonas, onde o atual governador, Omar Aziz, irá lançar candidato próprio, mas o PT preferiu apoiar o senador Eduardo Braga (PMDB-AM).
Outro, o de Goiás, onde o deputado Vilmar Rocha (PSD-GO), que preside o diretório estadual, será candidato ao Senado na chapa do governador Marconi Perillo.
No Paraná, o principal quadro do partido, Rheinold Stephanes (PSD-PR), é secretário da Casa Civil do governo do também tucano Beto Richa, que, assim como Perillo, concorre à reeleição.
Entretanto, Kassab garante que as agendas regionais não terão influência na decisão nacional, já tomada na criação do partido. Tanto é assim que ele próprio se sente à vontade para uma eventual composição com Geraldo Alckmin em São Paulo, caso seja vencida a tese da candidatura própria. Mas afirma que a tendência é concorrer ao Palácio dos Bandeirantes, tendo Henrique Meirelles como seu candidato ao Senado – e não como vice de Aécio. "Ele está estudando sua reinserção na vida pública, mas eu apostaria que, se vier, será ao Senado".
As declarações de Kassab, certamente, trarão alívio ao PT e ao Palácio do Planalto, uma vez que o PSD dispõe de um bom tempo de televisão, que, assim, permanecerá com a presidente Dilma, cuja prioridade é justamente ampliar ao máximo seu arco de alianças, num momento de turbulências políticas e oscilações nas pesquisas eleitorais.
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