727 visitas - Fonte: Tijolaço
Os jornais dão destaque a um estudo, com foros de ridículo, divulgado pela Sabesp de que uma seca como a que estamos tendo só ocorre a cada 3.378 anos.
Seria digna de ir para o Festival da Besteira que Assola o País, do fantástico Stanislaw Ponte Preta.
Vejam o detalhe da precisão: 3.378, não
3.377 ou 3.779 anos. Nem o Datafolha conseguiria tal exatidão.
Claro que a seca que temos é a mais severa já medida e isso, aliás, não parece comover os tucanos quando falam em falta de planejamento do sistema elétrico que, com todos os seus problemas, ainda tem um patamar de acima de 40% na sua capacidade de acumulação, contadas todas as regiões.
O Cantareira, como se sabe, tem 8,6%, segundo a Sabesp, e 8,5, segundo a Ana.
Só que o Cantareira poderia, hoje, com toda a seca, estar com o dobro de água, não fosse a imprevidência do governo paulista.
Se a vazão liberada para a região metropolitana de São Paulo, hoje em 21 metros cúbicos por segundo, em média – mais alguma água captada pelo reservatório Paiva castro, em Juqueri – tivesse sido reduzida nos meses de janeiro, fevereiro e março, quando ficou na faixa de 30 metros cúbicos por segundo, teriam sido poupados 70 bilhões de litros d’água, quase o mesmo que há hoje nas represas.
Isto é objetivo: 9 m³ por segundo durante 90 dias dá 70 bilhões de litros.
Mas a argumentação da Sabesp chega ás raias do ridículo:
“Com exceção da estação em Nazaré Paulista, onde fica a Represa Atibainha, todos os outros pontos registraram período de retorno do volume de chuva superior a 1.000 anos. Mais crítico da história do sistema, inaugurado na década de 1970, o mês de fevereiro apresentou um tempo de recorrência de 10.000 anos. Ou seja, um índice pluviométrico tão baixo só voltaria a ocorrer no ano 12.014.”
Vejam que precisão: 12.014, daqui a exatos dez mil anos!
Infelizmente, ninguém poderá cobrar essa previsão, não é?
Ou será que o PSDB pretende governar os paulistas até lá?
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