Eneva, que foi de Eike, dá calote em Itaú e BTG

Portal Plantão Brasil
13/5/2014 09:28

Eneva, que foi de Eike, dá calote em Itaú e BTG

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896 visitas - Fonte: Brasil 247

Antiga MPX, rebatizada como Eneva e apelidada como "Eike Never Again" (Eike Nunca Mais), anunciou a reestruturação de uma dívida de R$ 1,5 bilhão; bancos mais atingidos são o Itaú BBA, de Roberto Setubal, que enterrou R$ 700 milhões na empresa, e o BTG Pactual, de André Esteves, que tem ali R$ 500 milhões; MPX era considerada a melhor empresa de Eike, mas, ao que tudo indica, é a menos pior



O desmoronamento do império de Eike Batista atingiu ontem os banqueiros Roberto Setúbal, do Itaú, e André Esteves, do BTG Pactual, que são os maiores credores da Eneva, antiga MPX, que pertenceu ao empresário antes de ser revendida à alemã E.ON. Setúbal tem ali R$ 700 milhões, contra R$ 500 milhões de Esteves. Ambos serão atingidos pela reestruturação das dívidas da Eneva, anunciada ontem pela companhia.



A MPX era considerada a companhia mais saudável do grupo de Eike, mas já começa a ser vista como a menos pior. O nome Eneva ganhou também um apelido no mercado: "Eike Never Again", ou seja, Eike Nunca Mais.



Leia, abaixo, notícia da Reuters a respeito:



A empresa de energia Eneva, ex-MPX, irá promover um aumento privado de capital de até 1,5 bilhão de reais, parte de um acordo para fortalecimento da sua estrutura de capital que também envolve a renegociação de dívidas e a venda da térmica Pecém II.



O acordo foi celebrado entre a companhia e a DD Brazil Holdings S.a.r.l., E.ON SE, e os bancos Itaú Unibanco, BTG Pactual, Citibank e HSBC Bank Brasil, conforme fato relevante divulgado nesta segunda-feira.



No documento, a companhia informou que a injeção de recursos será feita em duas fases. Na primeira, será feito um aumento privado de capital de até 316,5 milhões de reais, a um valor de 1,27 real por ação - preço de fechamento do papel na sexta-feira, quando a proposta foi aprovada pelo Conselho de Administração.



A E.ON se comprometeu a subscrever novas ações da Eneva no valor de 120 milhões de reais nessa etapa, numa investida sujeita a determinadas condições suspensivas.



Na segunda fase da operação, será feito um aumento privado de capital em dinheiro e bens de até 1,5 bilhão de reais, descontado o montante emitido na primeira etapa.



A transação da segunda fase será submetida à aprovação da Assembleia Geral da Eneva. A E.ON se comprometeu a subscrever até 450 milhões de reais em novas ações de emissão da companhia nessa etapa, sendo que o compromisso "poderá ser realizado mediante a contribuição de parte, ou a totalidade, das ações diretas ou indiretas detidas pela E.ON e de emissão da Pecém II Geração de Energia, decorrente da potencial venda de ações do capital social da Pecém II à E.ON".



Antes da segunda fase do aumento de capital, a Eneva irá vender entre 50 e 100 por cento das ações de emissão da termelétrica Pecém II, localizada no município de São Gonçalo do Amarante, no Ceará, segundo informado pela empresa nesta segunda.



A Eneva acrescentou ainda que o compromisso de subscrição por parte da E.ON está sujeito à condição de que a participação da empresa alemã no capital social da Eneva não passe de 49,9 por cento.



Ainda de acordo com o comunicado, a E.ON concordou em dar uma garantia, sujeita a determinadas condições suspensivas, pela qual incorporará indiretamente até 50 por cento da totalidade das ações de emissão da Pecém II, assim como um empréstimo concedido pela Eneva à termelétrica, por meio de uma sociedade de propósito específico a qual terá E.ON e Eneva como acionistas.



"A Venda de Pecém II será feita a condições e por um preço justo de mercado a ser determinado ao fim do processo competitivo e confirmado por um laudo de avaliação preparado pela Deloitte Touche Tohmatsu, sendo que o compromisso da E.ON com relação a Pecém II não deve exceder o valor de 400 milhões de reais", disse a Eneva.



Além do aumento de capital, a companhia também fechou um empréstimo ponte com as instituições financeiras no valor de 100 milhões de reais, uma reestruturação de seu endividamento e de suas subsidiárias no valor de 600 milhões de reais, e a prorrogação de cinco anos no prazo de vencimento dos empréstimos ainda existentes, com início do prazo para amortização a partir de junho de 2017.



"O aumento de capital, o reperfilamento das dívidas e a venda de Pecém II objetivam aumentar a disponibilidade de caixa do grupo Eneva e fortalecer sua estrutura de capital e seu balanço", disse a companhia.



Às 11h, a empresa fará uma teleconferência com o mercado sobre o anúncio.



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