Contra Dilma, Deutsche quer freio de investimento

Portal Plantão Brasil
7/5/2014 11:43

Contra Dilma, Deutsche quer freio de investimento

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1209 visitas - Fonte: Brasil 247

Banco alemão divulga relatório catastrofista sobre economia brasileira, a pretexto de recomendar suspensão de compras internacionais de títulos emitidos pelo governo e por empresas nacionais; manobra assinada por estrategista para Mercados Emergentes visa, na prática, rebaixar o valor dos papéis, para serem comprados por menos; aposta pessimista é completa; além de rebaixar nota dos títulos, que havia sido elevada pelo próprio Deutsche Bank três meses atrás, economista Hongtao Jiang prevê "estagflação pelos próximos dois anos"; bola de cristal multinacional prevê "vitória apertada" da presidente Dilma Rousseff em campanha de reeleição; relatório é exemplo de pressão e interferência externa



Tradicionais em eleições brasileiras, a pressão e a interferência do mercado financeiro internacional sobre o Brasil ganharam nesta terça-feira 6 a força de um peso pesado alemão. Com toda a ênfase, o Deutsche Bank está recomendando seus clientes a reduzirem exposição aos títulos da dívida soberana brasileira em dólar. Em suma, que deixem de investir no Brasil por esse meio.



O motivo da recomendação do Deutsche é a previsão de que a eleição presidencial se resolverá, a favor da presidente Dilma Rousseff, somente no segundo turno. O Deutsche projeta um período de instabilidade que o próprio banco alemão, com o relatório de seu estrategista para Mercados Emergentes, ajuda a instalar e disseminar:



- Seguimos esperando que a presidente Rousseff seja reeleita, mas apenas após uma corrida presidencial apertada e com um apelo mais populista, afirma Hongtao Jiang, do Deutsche. Ele rebaixou o peso dos títulos soberanos do Brasil em dólar de "neutro" para "underweight" (abaixo da média dos títulos que compõem a carteira sugerida para mercados emergentes).



Num momento em que o fluxo de capitais internacionais para o Brasil está forte, com as empresas fazendo captações significativas em moeda estrangeiro, o movimento do Deutsche pode ser lido politicamente. Trata-se do aumento da pressão internacional em linha com o crescimento do descontentamento com o governo no mercado financeiro do País.



- Além disso, acreditamos que o mercado está precificando muito otimismo sobre uma melhora potencial de políticas num segundo mandato de Dilma, desfere o relatório do Deutsche, numa aposta em tempos piores.



Em janeiro deste ano, o mesmo Deutsche Bank havia elevado o Brasil para o peso "neutro". Agora, voltou atrás da decisão que levara quase um ano para tomar.



CONTA COMPLEXA - A explicação técnica do Deutsche para recomendar, na prática, a retirada de recursos do Brasil é complexa. Nas contas de Jiang, o Brasil tem um rating 15 pontos-base menor que a média dos países emergentes. Ele acha que não vale a pena, para os investidores internacional, pagar mais por títulos brasileiros, que embutiriam risco. As observações de Jing são uma clara pressão pela deprecisação dos papéis do Brasil em circulação pelo exterior.



- Não compensa o risco de contínua deterioração dos fundamentos caracterizados por estagflação, piora no balanço de pagamentos, deterioração da qualidade fiscal, e um horizonte desafiador de política econômica antes e depois das eleições, elencou o economista do Deutsche, com óbvios exageros



- A popularidade dela (presidente Dilma Rousseff) continuará provavelmente caindo nas pesquisas de opinião, devido ao ciclo desfavorável da economia, mas também em razão de uma crise de energia, uma investigação no Congresso e dificuldades ao sediar a Copa do Mundo, disse Jiang. "Mas essa queda da popularidade não será suficiente para prejudicar as chances de reeleição ou mesmo trazer de volta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para substituir Dilma como candidato do PT", escreveu o estrategista aos clientes.



No prosseguimento da aposta franca no pessimismo e desequilíbrio da economia brasileira, o funcionário do banco alemão traçou um cenário próximo de uma catástrofe para o País:



- A estagflação (estagnação econômica com inflação alta) parece ser o curso do futuro próximo (ao menos nos próximos dois anos)", escreveu o estrategista do Deutsche Bank.



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