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O Partido dos Trabalhadores decidiu representar ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados e à procuradoria-geral da República, chefiada por Rodrigo Janot, para que seja investigado o vazamento de documentos secretos da Petrobras; deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA), que é líder do PSDB na Câmara, requereu informações sigilosas, mas afirmou que o envelope da estatal, a despeito da confidencialidade, chegou sem lacre ao seu gabinete
O deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA), líder dos tucanos na Câmara dos Deputados, está na mira do PT. O motivo é o suposto vazamento de documentos sigilosos da Petrobras, que lhe foram enviados em caráter reservado – Imbassahy alegou que o envelope chegou sem lacre ao seu gabinete.
Leia, abaixo, nota publicada no Painel a respeito:
Bumergangue
O PT vai ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados e à Procuradoria-Geral da República contra Antônio Imbassahy (PSDB-BA). Quer que o tucano esclareça a acusação de que recebeu envelope violado com respostas a pedidos de informação sobre a Petrobras e o vazamento de dados sigilosos desses papéis.
Leia, ainda, reportagem anterior do 247 sobre o caso:
COMO VAZARAM DOCUMENTOS SECRETOS DA PETROBRAS?
Em 2012, o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Antonio Imbassahy (PSDB-BA), requereu informações à Petrobras e recebeu um lote de documentos altamente confidenciais, com dados, inclusive, sobre a compra da refinaria de Pasadena, no Texas; havia o compromisso de manter tudo em sigilo, mas, nos últimos dias, informações ali contidas alimentaram denúncias na imprensa contra a empresa; além disso, num movimento altamente heterodoxo, o deputado tucano informou à Câmara que recebeu aquele lote de informações num envelope sem lacre; será que Imbassahy se vacinou?
28 DE MARÇO DE 2014 ÀS 06:50
247 - Em 2012, o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Antonio Imbassahy (PSDB-BA) requereu várias informações à Petrobras. A estatal decidiu enviá-las, desde que fosse mantido o compromisso da confidencialidade, uma vez que ali constavam documentos altamente secretos da companhia.
Adversário do PT na Bahia, desde então Imbassahy se tornou um dos mais aguerridos críticos da compra da refinaria de Pasadena, no Texas. Naquele momento, especulava-se que o ex-presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli seria candidato à sucessão do governador baiano Jaques Wagner.
Pasadena era, portanto, um caso local, que só agora ganhou repercussão nacional. Por isso mesmo, nos últimos dias várias informações confidenciais que ali estavam passaram a vazar para os jornais. Qual foi a fonte? Jamais se saberá, uma vez que a Constituição assegura aos jornalistas o sigilo da fonte.
No entanto, Imbassahy cometeu um ato falho. Já em 2012, ele enviou um ofício à primeira-secretaria da Câmara dos Deputados, informando que o envelope com documentos secretos da Petrobras chegou à Câmara sem lacre. Será que foi uma vacina?
Ontem, o site do jornal Folha de S. Paulo publicou matéria a respeito. Leia abaixo:
Documento sobre Pasadena enviado ao Congresso foi violado
ANDRÉIA SADI
DE BRASÍLIA
Documento elaborado pela Petrobras com informações sobre a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, e encaminhado em dezembro de 2012 em caráter reservado à Câmara dos Deputados, chegou violado ao seu destinatário.
Além de chegar sem qualquer lacre, faltavam duas páginas que, soube-se depois, diziam respeito exatamente ao negócio do Texas.
A primeira-secretaria da Câmara, então controlada pelo ex-tucano Eduardo Gomes (TO), hoje no partido Solidariedade, recebeu um ofício do deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA) no dia 18 de dezembro de 2012 comunicando que o conteúdo de caráter "reservado'' das respostas prestadas pela Petrobras (e encaminhadas pelo Ministério de Minas e Energia) a um requerimento de informações chegaram ao seu gabinete "totalmente aberto", sem identificação do grau de sigilo.
Ao tomar conhecimento do teor do documento, o deputado constatou, segundo ofício da primeira-secretaria a que a Folha teve acesso, "a ausência das folhas 3 e 4, coincidentemente, essas folhas continham respostas aos questionamentos sobre a operação de aquisição, pela Petrobras, da refinaria situada em Pasadena".
Gomes, então, abriu uma apuração administrativa à época para apurar a "violação do citado sigilo".
A assessoria de Gomes disse à reportagem que, conforme apuração, "houve uma falha nas cópias enviadas ao parlamentar" pois os originais ficam arquivados e que desconhecia o conteúdo das páginas "pois não foi dado acesso de seu teor a ninguém''.
O serviço administrativo da seção diz ter constatado que os documentos foram enviados pelo Ministério das Minas e Energia "sem envelope" e sem os procedimentos que regulamentam o tratamento de informação classificada em grau de sigilo.
O ministério foi, então, comunicado para corrigir o documento para o nível reservado. A primeira-secretaria nega que tenham vazado informações do documento.
Procurado pela Folha, Imbassahy confirma o episódio, mas não quis comentar os detalhes.
A assessoria do ministério também foi procurada pela reportagem, mas não
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