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O governo da Ucrânia aprovou nesta segunda-feira um reajuste de 64% na tarifa do gás destinado às administrações públicas, assim como um de 29% aos consumidores industriais, como parte dos duros cortes do gasto público exigidos pelo FMI.
"A partir de 1º de abril, se estabelece uma tarifa única de US$ 367 por mil metros cúbicos em vez das fixadas até agora em US$ 284 (para as indústrias) e US$ 224 (para as administrações públicas)", assinalou a Comissão Nacional de Regulação de Energia da Ucrânia em comunicado.
A Comissão relaciona essa medida com a alta no preço do combustível azul importado da Rússia, que aumentará para US$ 480 por mil metros cúbicos a partir de amanhã, depois que o governo russo deixasse de aplicar todos os descontos que beneficiam os ucranianos.
O regulador energético ucraniano voltará a se reunir dentro de dois dias para enfrentar uma alta da tarifa do gás para os consumidores domésticos, que aumentará em torno de 40%, segundo adiantou o governo ucraniano na última semana.
"Não temos outra saída. Nos vemos obrigados a elevar as tarifas energéticas para não quebrarmos", argumentou o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, que lembrou que o preço pago pelo gás russo se multiplicará a partir de abril.
Na última quinta-feira, a Rada Suprema (Legislativo) da Ucrânia aprovou um pacote de leis anticrise exigido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para receber um resgate financeiro avaliado em US$ 27 bilhões.
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