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Pesquisas da Comissão Nacional da Verdade apontam associação entre a Casa da Morte de Petrópolis (RJ) e nazistas. A casa era uma prisão clandestina usada por forças do Exército para tortura e assassinato de militantes da resistência durante o regime militar. A Comissão da Verdade realiza audiência pública nesta terça-feira (25), no Rio de Janeiro, para tratar do tema. Em depoimento, a ex-presa política Inês Etienne Romeu, sobrevivente da Casa da Morte, apontou seis agentes da ditadura militar como torturadores.
Diziam que a democracia seria destruída, que se lutava por um regime democrático [..] e mostravam cenas do nazismo, cenas do fascismo. Quando a própria ditadura tinha vinculações muito fortes com agentes fascistas, com agentes nazistas, especialmente", diz em entrevista ao UOL Rosa Maria Cardoso da Cunha, integrante do colegiado e coordenadora do grupo que estuda o golpe de 1964 da Comissão da Verdade.
"A Casa da Morte que foi construída lá em Petrópolis demonstra essas vinculações, não só com agentes nazistas ... Petrópolis foi uma cidade que abrigou muitos nazistas que fugiram e ainda [mantinham] vinculações com grupos paramilitares de extrema-direita como também com o crime organizado", afirma Cardoso.
"Então houve muita manipulação da opinião pública", acrescenta.
A audiência desta terça-feira (25) foi planejada com base na denúncia de Inês Etienne Romeu, dirigente da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária, grupo de luta armada de extrema esquerda) e única sobrevivente da Casa da Morte, feita ao Conselho Federal da OAB no ano de 1979.
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