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Ao participar de uma conferência do grupo Bandeirantes, na noite de ontem, o ex-presidente Lula destacou números do Brasil na última década: 11 milhões de empregos, inflação dentro da meta durante onze anos e o aumento do número de passageiros de avião de 48 milhões para 113 milhões; ele disse ainda que o processo beneficiou toda a sociedade brasileira; “Do bancário ao banqueiro, do cortador de cana ao usineiro”, afirmou; enquanto Lula vende otimismo, colunistas alimentam intriga entre ele e a presidente Dilma Rousseff
Nos últimos dias, tem sido intensa a plantação de notas sobre um suposto descontentamento do ex-presidente Lula com sua sucessora Dilma Rousseff. No meio da semana, a Folha de S. Paulo atribuiu a Lula a frase de que a nota do Palácio do Planalto sobre a refinaria de Pasadena teria sido um "tiro no pé" – o que levou o ex-presidente a divulgar nota para desmentir o que chamou de "invencionices".
Neste fim de semana, notas da coluna Radar informam que Lula teria feito críticas abertas a Dilma num almoço promovido pelo banco de investimentos Merrill Lynch. O mesmo assunto foi abordado também pelo blog de Fernando Rodrigues.
No entanto, em suas aparições públicas, Lula tem se derramado em elogios à condução da política econômica. Foi o que ele fez ontem, num evento promovido pelo grupo Bandeirantes, onde o ex-presidente elencou várias razões para o otimismo com o Brasil. Entre elas, 11 milhões de empregos criados na última década, 11 anos de inflação dentro da meta e um processo de inclusão social que fez com que o número de passageiros aéreos passasse de 48 milhões para 113 milhões.
Leia, abaixo, texto postado pelo Instituto Lula sobre o evento na Band:
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, na noite desta sexta-feira (21), da Convenção do Grupo Bandeirantes. Em seu discurso, Lula lembrou as mudanças profundas pelas quais passou o Brasil na última década. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 4.4 vezes, a produção agropecuária aumentou significativamente levando o Brasil à liderança de vários setores, o fluxo de comércio exterior dobrou, o número de passageiros de avião passou de 48 para 113 milhões e o Brasil se tornou uma referência política global. Esse processo beneficiou toda a sociedade brasileira: “Do bancário ao banqueiro, do cortador de cana ao usineiro”.
O ex-presidente ressaltou ainda que o Brasil vive há 11 anos em um ambiente econômico com inflação dentro da meta estabelecida pelas autoridades financeiras. Ele lembrou que quando assumiu o governo, a inflação era mais que o dobro daquela registrada em 2013. Além disso, enquanto milhares de empregos foram destruídos no mundo nos últimos anos, o Brasil criou 11 milhões de empregos. Essas mudanças foram feitas em um ambiente democrático cada vez mais sólido, destacou Lula.
Sobre a Copa do Mundo, Lula lembrou que é importante pensar na simbologia do evento, além das divisas que chegarão ao país. Ele lembrou que muitos choraram quando o país conquistou a Copa e que ela é uma chance de projetar ainda mais o país internacionalmente. E ressaltou: “Grande parte dos gastos que estão sendo feitos se referem a obras de mobilidade, que teriam que ser feitas com ou sem Copa”.
Lula também falou do papel importante da Band na história deste país. Ele citou o pioneirismo da emissora nos debates eleitorais e ressaltou que um meio de comunicação torna-se relevante quando responde aos interesses da população e é capaz de captar as mudanças em curso neste país. O ex-presidente também falou da sua relação com a imprensa durante seu governo: “Ninguém pode me acusar de, durante os oito anos do meu governo, não ter sido republicano com a sociedade e a imprensa”.
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