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Foi preso, na manhã desta quinta-feira, Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras; ele vinha sendo investigado no âmbito da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal; segundo a PF, ele vinha tentando destruir provas; Costa, indicado pelo PP para o cargo, também está envolvido na compra da refinaria de Pasadena, no Texas; na residência de Costa, que recebeu carro de presente de um doleiro, foram encontrados R$ 700 mil e mais US$ 200 mil em espécie
O caso Pasadena, sobre a polêmica compra de uma refinaria no Texas pela Petrobras, acaba de ganhar um componente explosivo.
Foi preso, nesta manhã, Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras. Indicado pelo PP para o cargo, ele esteve envolvido na negociação de Pasadena, ao lado do ex-diretor da área internacional, Nestor Cerveró.
Costa foi preso acusado de tentar destruir provas, no âmbito da Operação Lava Jato, deflagrada nesta semana pela Petrobras.
Nesta operação, a PF descobriu que Costa ganhou um carro de presente do doleiro Alberto Yousseff. Na sua residência, foram encontrados R$ 700 mil e US$ 200 mil em espécie.
Fora da Petrobras, ele passou a se dedicar à consultoria Costa Global. Seu principal projeto consistia em implantar minirrefinarias no Brasil, em parceria com grupos internacionais.
Na Petrobras, onde foi diretor durante o governo Lula, ele era um dos mais poderosos executivos, visto, dentro e fora da companhia, como alguém com tanto poder quanto o então presidente José Sergio Gabrielli.
Paranaense, Costa foi indicado pelo ex-deputado José Janene, já falecido.
No mercado de petróleo, Paulo Roberto Costa é um executivo conhecido internacionalmente. Ele atua com sua própria consultoria, a Costa Global, desde que deixou o cargo na estatal. Na expressão dele próprio, o ramo de atuação da sua consultoria é ser “casamenteira” de interessados em fazer negócios com a Petrobras.
Costa também é o criador da REF Brasil, em empresa com capital brasileiro e americano, para a venda, pelos estrangeiros, de refinarias pré-moldadas ao custo de US$ 60 milhões cada uma.
- É o pulo do gato, saudou ele, quase eufórico, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, no ano passado. É viável montar até quatro módulos juntos e, se der muito certo, até oito", explicou Costa.
Leia, abaixo, reportagem de Reuters:
PF prende ex-diretor de refino da Petrobras em operação sobre lavagem de dinheiro
SÃO PAULO, 20 Mar (Reuters) - A Polícia Federal prendeu o ex-diretor de refino e abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa no âmbito da operação Lava-Jato, sobre lavagem de dinheiro, informou a assessoria de imprensa da PF.
O ex-executivo da estatal foi preso no Rio de Janeiro sob a acusação de destruir documentos que o envolveriam no esquema de lavagem de dinheiro investigado pelos policiais federais.
A PF informou que a prisão de Costa não tem qualquer relação com a investigação pela Polícia Federal sobre a compra pela Petrobras em 2006 de 50 por cento de uma refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos.
Na quarta-feira, a Presidência da República informou em nota que a presidente Dilma Rousseff, à época ministra-chefe da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras, votou favoravelmente à transação baseada em um parecer falho.
A operação Lava-Jato, da PF, foi deflagrada na última segunda-feira e, segundo dados da Polícia Federal, 28 pessoas já foram presas no âmbito da operação.
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