2263 visitas - Fonte: Tijolaço
Os números do endividamento mundial, que acabam de ser divulgados pelo BIS – uma espécie de Banco Central do Mundo, onde se compensam as reservas internacionais dos países – mostram o tamanho de uma nova “bolha” financeira, desta vez localizada fora das grandes instituições financeiras: as dívidas governamentais e as das empresas não financeiras, contraídas por emissão de títulos nacionais ou internacionais.
Elas já somam US$ 53 trilhões, 80% delas emissões estatais.
No gráfico distribuído pelo BIS, você pode ver que o crescimento vertiginoso das emissões das empresas financeiras , os bancos(barras nas cores cinza e rosa) estacou, a partir da crise. E que foi substituído pela expansão da dívida “interna” de governos e de emissões de empresas não financeiras (nas cores amarela e azul, respectivamente), que mudaram claramente de patamar, porque os governos tiveram de responder, com seu endividamento, não apenas pelo saneamento que foram obrigados a fazer no setor financeiro mas também pelo suprimento de liquidez que ele não podia mais prover às economias.
Dos US$ 30 trilhões de crescimento das dívidas de governo desde 2007, um quarto, ou US$ 7,5 trilhões, se deveu ao crescimento da dívida pública dos Estados Unidos, de US$ 4,5 tri para US$ 12 trilhões.
No segundo gráfico, você pode observar que a dívida em poder de estrangeiros – não a dívida externa, mas os títulos nacionais ou internacionais comprados por países ou investidores residentes ou sediados em outros países. Note que, nos países emergentes, a percentagem da dívida detida por estrangeiros, que em 2008 era de cerca de seis por cento, dobrou a 12%. No Brasil, passou dos 16%. É a tal enxurrada de dólares a que, certa vez, referiu-se a Presidenta Dilma Rousseff.
É uma insanidade, num mundo que se endivida – embora a juros baixos – de tal maneira pretender que o Brasil, pagando juros altos, ainda “enxugue” a sua dívida.
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