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Apesar dos protestos das lideranças internacionais e das ameaças dos Estados Unidos, Barack Obama chegou a ligar pessoalmente para Vladimir Putin, a Rússia fez manobras militares na região autônoma ucraniana da Crimeia como forma de intimidação; o presidente russo afirmou que se reserva o direito de recorrer a "todos os meios" para proteger os cidadãos na Ucrânia, após o que chama de "golpe anti-constitucional e tomada do poder pelas armas"; por trás de suas ações existe o interesse em preservar a base de sua frota do Mar Negro, em Sebastopol; investidores se assustaram com a maior crise já vivida pela Europa no século XXI, o que arrastou o índice da zona do euro para sua maior queda diária desde junho; bolsa de Moscou caiu 11,3%, tirando quase US$ 60 bilhões do valor de empresas em um dia
Após a queda de seu aliado Viktor Ianukovich, a Rússia, de Vladimir Putin, está determinada a defender os interesses russos na Ucrânia, nem que isso represente uma intervenção militar.
Apesar dos protestos das lideranças internacionais e das ameaças dos Estados Unidos, a Rússia fez manobras militares nesta segunda-feira como forma de intimidação. Barack Obama afirmou que a Rússia violou a legislação internacional após a intervenção militar na Ucrânia e disse que o governo dos EUA tem alertado que vai buscar uma série de sanções econômicas e diplomáticas que isolarão Moscou.
Segundo o embaixador da Ucrânia na ONU, Yuriy Sergeyev, os russos deslocaram cerca de 16.000 soldados para a região autônoma ucraniana da Crimeia desde a semana passada.
Putin afirmou que a Rússia se reserva o direito de recorrer a "todos os meios" para proteger os cidadãos na Ucrânia, após o "golpe anti-constitucional e tomada do poder pelas armas". No entanto, por trás de suas ações existe o interesse de preservar o domínio sobre a região da Crimeia, que tem maioria de cidadãos russos e a base de sua frota do Mar Negro em Sebastopol.
A escalada da tensão na região derrubou os mercados financeiros. A bolsa de Moscou caiu 11,3 por cento, tirando quase 60 bilhões de dólares do valor de empresas russas em um dia, e o banco central do país gastou 10 bilhões de dólares de suas reservas para sustentar o rublo enquanto investidores se assustaram com as crescentes tensões com o Ocidente sobre a ex-república soviética.
Investidores europeus também se assustaram nesta segunda-feira com a intervenção militar, o que arrastou o índice da zona do euro Euro STOXX 50 para sua maior queda diária desde junho.
O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações do continente, terminou com queda de 2,2 por cento, a 1.318 pontos, recuo mais forte desde 24 de janeiro, quando preocupações econômicas e políticas provocaram ansiedade em relação a ativos de mercados emergentes.
Já o Euro STOXX 50 perdeu 3 por cento, para 3.053 pontos, maior queda desde 20 de junho de 2013.
Empresas expostas à região, como o austríaco Raiffeisen Bank International, foram as mais afetadas.
"Investidores haviam subestimado os riscos de uma escalada na Ucrânia, então os eventos no fim de semana são um chamado para o mercado", disse David Thebault, chefe de vendas quantitativas do Global Equities.
As bolsas de valores dos Estados Unidos também recuaram.
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