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TREs e TSE têm em sua composição quase um terço de advogados; “Há coisa mais absurda que o advogado ter seu escritório durante o dia e a noite se transformar em ministro? Ele julga, às vezes, causas que têm interesses entrecortados”, disse o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, criticou nesta terça-feira, durante sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, criticou nesta terça-feira, durante sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a existência de advogados que atuam como ministros ou juízes da área eleitoral.
A declaração foi feita durante discussão sobre um processo em que a OAB tentava proibir que um procurador da Fazenda atuasse como assessor de um desembargador. Barbosa disse que é uma "postulação absurda".
"É, no mínimo, um menoscabo da inteligência da magistratura, no mínimo. O juiz é um débil mental? Ele não toma decisões? Ele é comandado pelo seu assessor, não é? Agora, se fôssemos levar a sério essa prerrogativa de acabar com essas incongruências que existem no Judiciário brasileiro, as primeiras que deveríamos extinguir são as que beneficiam advogados”, disse.
“Há coisa mais absurda que o advogado ter seu escritório durante o dia e a noite se transformar em ministro? Ele julga, às vezes, causas que têm interesses entrecortados e de partes sobre cujos interesses ele vai tomar decisões à noite. Estou falando da Justiça eleitoral, que nada mais é do que isso", questionou Barbosa.
Cerca de um terço dos juízes dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Tribunal Superior Eleitoral atuam como advogados.
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