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'Não é à toa que a Petrobrás e o nosso Ministério das Minas e Energia foram alvo de espionagem digital', disse o ministro da Defesa, em palestra para militares no Rio; ele destacou os esforços da presidente Dilma Rousseff, com o respaldo da Alemanha, para criar um controle global que garanta a privacidade dos cidadãos e a segurança dos Estados
O ministro da Defesa, Celso Amorim, relacionou o esquema de espionagens do governo de Barack Obama à competição por recursos naturais do Brasil.
"Não é à toa que a Petrobrás e o nosso Ministério das Minas e Energia foram alvo de espionagem digital", disse em palestra para militares durante cerimônia pelo centenário da Escola de Guerra Naval, no Rio.
Segundo documentos obtidos com o ex-consultor de inteligência americano Edward Snowden, a rede privada de computadores da Petrobras é monitorada. Em nota divulgada no domingo, o diretor do Departamento dos Serviços de Inteligência dos EUA, James R. Clapper, afirmou que não é segredo para ninguém que o país coleta informações sobre questões econômicas e financeiras, especialmente para proteger cidadãos norte-americanos e os interesses dos aliados da nação. Mas ele ressaltou que o governo não compartilha segredos comerciais com companhias.
A presidenta da Petrobras, Graça Foster, chegou a admitir que a possibilidade de informações sigilosas terem sido acessadas causa "no mínimo desconforto, porque não sabemos se vazou e o que vazou".
O ministro destacou os esforços da presidente Dilma Rousseff, com o respaldo da Alemanha, para criar um controle global que garanta a privacidade dos cidadãos e a segurança dos Estados. "Mas também é preciso ter presente o nexo que associa a competição por recursos naturais às intrusões eletrônicas em nossa soberania."
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