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Economista Nelson Barbosa, ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, avalia que, ao contrário do que diz a oposição, a economia não é grande desafio para 2015 em caso de reeleição da presidente Dilma Rousseff ou de eleição de novo chefe do Executivo. Para ele, há de ser feito "um grande debate estrutural sobre para onde vão as finanças do orçamento público"; "Lula gosta de dizer que o programa Luz para Todos levou uma grande parcela da população do século 19 para o 20. Para levar essa parcela ao século 21 é preciso inclusão digital"
247 - Ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, o economista Nelson Barbosa avalia que, ao contrário do que diz a oposição, a economia não é grande desafio para 2015 em caso de reeleição da presidente Dilma Rousseff ou de eleição de novo chefe do Executivo. Para ele, há de ser feito "um grande debate estrutural sobre para onde vão as finanças do orçamento público".
Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, Nelson Barbosa falou da necessidade de aperfeiçoamento da política industrial, de modernizar a regulação, de fomentar o mercado de capitais e de promover retomada das exportações.
Para o ex-secretário do Ministério da Fazenda, o baixo crescimento do País é conjuntural e não tem relação com o fato de o governo ter apostado no modelo de desenvolvimento baseado no consumo e não no investimento. "O investimento foi o que mais cresceu. O governo não apostou no consumo. Apostou no fim da desigualdade".
Questionado sobre necessidade de atender às demandas das ruas expressas nas manifestações de junho passado, o economista disse que, sim, que o Planalto deve dar maior atenção às reivindicações populares e avaliou que um grande passo do governo seria promover inclusão digital.
"Sim. Fazer inclusão social com saneamento, habitação, transporte urbano e inclusão digital - que eu acho importantíssima. Lula gosta de dizer que o programa Luz para Todos levou uma grande parcela da população do século 19 para o 20. Para levar essa parcela ao século 21 é preciso inclusão digital. Muitos ganhos podem ser obtidos simplesmente com adoção aqui de coisas que já são comuns lá fora. Assim como o celular promoveu um salto de produtividade ao ser difundido, a adoção de banda larga mais rápida pode promover um salto de produtividade nas empresas e nas famílias".
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