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Representantes do setor industrial do Amazonas questionam afirmações dos países da União Europeia sobre o modelo Zona Franca de Manaus(ZFM). Para os europeus, os produtos importados estão sujeitos a mais impostos e, por isso, levam desvantagem em relação aos produzidos no Polo Industrial (PIM).
Segundo eles, os subsídios e os incentivos do governo brasileiro prejudicam o comércio internacional. A questão foi levada a Organização Mundial do Comércio (OMC).
No Amazonas, a reclamação da União Europeia e considerada "equivocada". É o que afirma o presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (CIEAM), Wilson Périco. "A Zona Franca não tem nenhum incentivo diferenciado para exportação e não produz nada que tenha concorrência com os produtos estrangeiros", apontou.
Já o economista Alison Rezende acredita que os europeus querem mais participação no mercado brasileiro. "É um mercado que ainda não está completamente satisfeito. A nossa demanda ainda é elevada por produtos e os outros países querem essa fatia de mercado. O governo brasileiro, ao conceder subsídios fiscais, reduz o preço do produto, o preço final, então eles se acham prejudicados", acrescentou.
Em visita a Manaus, a presidente Dilma Rousseff defendeu a Zona Franca e disse querer que o Congresso Nacional aprove a prorrogação por 50 anos do modelo. "O meu Governo acha legítimo esse sistema e vai [defendê-lo] em todas as esferas. Acreditamos que é necessário esse sistema tributário para dar corpo, fortalecer e transformar essa Zona Franca em algo que ninguém mais vai destruir", finalizou.
Neste fim de semana, representantes do Brasil deram explicações sobre o sistema brasileiro na sede da Organização Mundial de Comércio (OMC), em Genebra, na Suíça.
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