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Protegido pelo ministro Joaquim Barbosa, que em três meses – completados neste sábado – não decidiu sobre seu caso, gerando mal-estar na corte, o delator do chamado "mensalão" tem uma carta na manga; avisa que seu destino será decidido junto com o de José Genoino; ou seja, se ele for preso, o ex-presidente do PT também será; em entrevista, ele diz que "comentários de advogados" dão conta de que decisão deve sair na próxima semana
Aparentemente protegido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, o delator do chamado 'mensalão', Roberto Jefferson, tem uma carta na manga. Afirma que seu caso será decidido junto com o do ex-presidente do PT José Genoino, que cumpre prisão domiciliar temporária. Em outras palavras: se ele for preso, o petista também será.
Em entrevista concedida ao jornal O Globo, Jefferson diz que a decisão pode sair na semana que vem. "O ministro Joaquim vai decidir o meu caso junto com o do Genoino, na semana que vem. Esse é o comentário dos advogados", conta. Neste sábado 15, as prisões dos petistas e outros réus condenados na Ação Penal 470 completam três meses. Neste período, Jefferson aguardou em casa a decisão sobre seu destino.
A defesa do ex-deputado aguarda decisão do relator da AP 470 para que ele cumpra em sua residência, no município de Levy Gasparian, no Rio, a pena de sete anos de 14 dias de prisão. Os advogados alegam que ele precisa seguir uma dieta rígida por conta de uma cirurgia que retirou um câncer no pâncreas. "Em casa é mais fácil manter a dieta do que fora de casa", reafirmou Jefferson na entrevista.
Com uma multa para pagar inicialmente calculada em R$ 720,8 mil, ele nega que promoverá campanhas de arrecadação, como os amigos e familiares dos condenados do PT, mas volta a dizer que recorrerá a amigos do PTB, como o ex-presidente Fernando Collor e o atual presidente do partido, Benito Gama. Outra ideia é vender seu escritório no Rio, segundo ele, avaliado em R$ 180 mil há dois anos.
"Eu estou condenado e preso. Não importa se é prisão domiciliar ou em penitenciária. Não poderei ir ao escritório. O que eu vou fazer? É um patrimônio que eu tenho. Posso me desfazer dele? Posso. Com a finalidade de pagar parte da multa? Sim", disse. Recentemente, Jefferson havia mencionado também a possibilidade de vender um apartamento, também no Rio, avaliado em R$ 450 mil e R$ 500 mil.
A situação indefinida de Jefferson tem incomodado alguns ministros do STF. De acordo com reportagem do portal iG, "a interlocutores, eles (os ministros) criticam o tratamento diferenciado dado a Jefferson". Um dos membros da corte suprema teria dito, sob condição de anonimato, que "é uma situação cruel com o próprio condenado".
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