AMB ajuda médico a desertar e a pedir refúgio

Portal Plantão Brasil
13/2/2014 17:13

AMB ajuda médico a desertar e a pedir refúgio

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12653 visitas - Fonte: Brasil 247

Associação Médica Brasileira, que empregou a cubana Romana Rodríguez, desertora do Mais Médicos, oferece agora serviço de apoio para profissionais estrangeiros inscritos no programa que estejam "insatisfeitos"; plano visa "a proteção da liberdade e integridade" desses médicos, informa comunicado; entidade, presidida por Florentino Cardoso, oferece cartilha com passo a passo de como deixar o programa, assessoria jurídica para o pedido de refúgio/asilo político e ainda curso preparatório para o Revalida; no ano passado, ao debater a contratação de cubanos na Câmara, Florentino disse que o Brasil queria "trazer a escória"



13 DE FEVEREIRO DE 2014 ÀS 16:27



247 – A Associação Médica Brasileira (AMB) deu seu tiro de misericórdia contra o programa Mais Médicos e o governo brasileiro. Em comunicado divulgado nesta quinta-feira 13, a entidade anuncia criar um programa de apoio a médicos estrangeiros que atuam no programa, mas que estejam insatisfeitos. O plano consiste em divulgar uma cartilha com o passo a passo de como agir para abandonar o programa e oferecer assessoria jurídica para quem quiser pedir refúgio/asilo político.



O Programa de Apoio ao Médico Estrangeiro da AMB visa "a proteção da liberdade e integridade dos profissionais trazidos de outros países pelo Governo Federal através do Programa Mais Médicos", segundo a nota. "O objetivo da entidade é atender médicos, tanto de Cuba como de outras nacionalidades, que necessitem de orientação caso haja insatisfação no Programa Mais Médicos pelas condições a que estão submetidos, assim como desejem solicitar refúgio/asilo político", diz ainda o texto.



Na semana passada, a entidade ofereceu emprego à médica cubana Ramona Rodríguez, primeira que anunciou estar abandonando o Mais Médicos, segundo ela, por ter descoberto que o salário dos cubanos era inferior ao dos outros estrangeiros. Outros casos foram noticiados depois pela imprensa, mas não se sabe os motivos de cada um, como aconteceu com Ramona. Agora, desligada oficialmente do programa, ela trabalha na AMB como auxiliar administrativa e recebe um salário de R$ 3 mil.



A associação, que é presidida por Florentino Cardoso, se coloca ainda à disposição dos desertores estrangeiros para oferecer um curso que preparatório para o Revalida – exame obrigatório para que estrangeiros exerçam a medicina no País, além de aulas de português e o apoio de outras entidades médicas.



Crítico do Mais Médicos, assim como os presidentes de outras entidades da classe médica brasileira, como Roberto D´Ávila, do Conselho Federal de Medicina, Florentino Cardoso afirmou, em maio de 2013, no auge das discussões sobre a contratação de cubanos pelo governo brasileiro, que o Brasil queria "trazer a escória". Leia abaixo reportagem publicada pela Agência Câmara na época:



Associação médica diz que Brasil quer trazer a "escória"



O presidente da Associação Médica Brasileira, Florentino Cardoso, criticou as informações que levam as pessoas a acreditar que o "caos instalado na saúde pública brasileira é causado pelos médicos". Cardoso participa de audiência pública na Câmara que debate a contratação e a entrada de médicos estrangeiros no Brasil.



"Isso é uma inverdade. O que acontece e o subfinanciamento do setor. A cada ano, o governo coloca menos recursos para a área de Saúde. Além disso, existem vários municípios no País que não teriam condições de se manter" disse.



Ao referir-se aos médicos formados em Cuba, Cardoso afirmou que "o Brasil quer trazer a escória". "Desafio a quem quer que seja mostrar a excelência da medicina cubana. Os médicos formados lá estudam quatro anos, mas, para poderem exercer a profissão naquele próprio país, têm que estudar mais dois anos em outra faculdade."



Ele afirmou ainda que a associação não é contra a vinda de médicos do exterior, desde que passem por um crivo adequado. "Dizem que o Reino Unido tem 40% dos médicos estrangeiros. Perguntem quais as condições de trabalho que encontraram lá, e se não foram avaliados antes de começarem a atuar. Perguntem também qual a remuneração que recebem", destacou.



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