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Em depoimento prestado a policiais da 17ª DP (São Cristóvão), Caio Silva de Souza disse que "os partidos que levam bandeira [nos protestos] são os mesmos que pagam os manifestantes"; ele associou a informação a "bandeiras do PSol, PSTU e Fip (Frente Independente Popular)"; jovem que matou cinegrafista Santiago responsabilizou ainda o tatuador Fábio Raposo, que o teria incentivado a acender o rojão, e envolveu a ativista Sininho na organização dos protestos; "Não acho que ela seja líder, mas manipula a forma como a manifestação vai acontecer", declarou
No depoimento que prestou aos policiais da 17ª Delegacia de Polícia (São Cristóvão), Caio Silva de Souza, preso pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, citou os partidos Psol e PSTU como alguns dos possíveis responsáveis por pagar manifestantes para promover atos de violência e vandalismo durante manifestações. A repórter Carolina Heringer, do jornal Extra, teve acesso ao depoimento (veja aqui).
Caio diz acreditar "que os partidos que levam bandeira [nas manifestações] são os mesmos que pagam os manifestantes". O jovem de 22 anos informa ainda em seu depoimento já ter visto "bandeiras do PSol, PSTU e Fip (Frente Independente Popular), sendo esta um dos grupos que organiza reuniões plenárias".
O jovem disse também que acredita que a ativista Elisa Quadros, conhecida como Sininho, seja uma das organizadoras dos protestos. "Não acho que ela seja líder, mas manipula a forma como a manifestação vai acontecer", disse. Segundo ele, Sininho chegou a repassar a um amigo, certa vez, um papel em que era registrada a contabilidade do dinheiro pago aos manifestantes.
Depois do depoimento publicado pelo jornal Extra, o Jornal Hoje, da TV Globo, procurou respostas dos partidos. O Psol e a FIP não responderam, assim como a ativista Sininho. A resposta do PSTU segue abaixo:
"Sequer sabemos quem são os jovens presos acusados de lançarem o rojão que vitimou o cinegrafista Santiago. Esse jovens não fazem nem nunca fizeram parte da nossa organização. Nosso partido é mantido através da contribuição voluntária da nossa militância, nos orgulhamos disso e fazemos questão de reiterar essa prática política em nossos documentos, panfletos, artigos e notas. Exigimos que se explicite, apure e comprove o mais rápido possível quem financia e financiou esses jovens e quem financia e financiou quem defende o acusado e o delator. São acusações grave e que exige cobranças políticas e judiciais. Não compactuamos com as ações isolados nos atos e manifestações como já deixamos claro em diversas notas políticas em polêmicas públicas travadas com os black blocs".
Ainda em seu depoimento, Caio de Souza responsabilizou o tatuador Fábio Raposo, preso antes dele por ter passado o rojão para Caio durante manifestação da quarta-feira 6, por ter acendido o artefato explosivo.
Ele contou que Fábio o atiçou para acender e disparar o rojão que atingiu Santiago na cabeça. "Solta, solta", teria dito o tatuador a Caio. "Acende aí", incentivou, ainda. Segundo Caio, ele teria apenas segurado o artefato e o colocado no chão, já aceso. Ele conta que chegou a pensar ser um sinalizador.
Caio contou que nem sempre pode participar de manifestações, porque trabalha, mas que já "teve a oportunidade de ver a chegada de até cinquenta quentinhas para alimentar os ativistas". Ele disse também que algumas pessoas nas manifestações são responsáveis por distribuir pedras e apetrechos. Caio ser taxativo, diz acreditar "que os partidos que levam bandeira são os mesmos que pagam os manifestantes".
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