Próximo passo é saber quem financia Black Blocs

Portal Plantão Brasil
12/2/2014 14:45

Próximo passo é saber quem financia Black Blocs

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2209 visitas - Fonte: Brasil 247

Advogado da dupla responsável pela morte do cinegrafista Santiago Andrade afirmou que jovens eram pagos para irem a protestos e promoverem baderna; "eles recebem até uma espécie de ajuda financeira, de mesada, para participar dessas manifestações, com o intuito de terrorismo social", disse Jonas Tadeu Nunes; situação financeira de Caio de Souza, que acendeu o rojão, é bastante precária; por trás estariam "vereadores e deputados estaduais", indica o advogado;vernador Sérgio Cabral diz que ato que matou o profissional da Band pode ter cunho político; "esses dois jovens estão inseridos em um contexto maior", sugeriu



resos os responsáveis diretos pela morte do cinegrafista da Band Santiago Andrade – um jovem que passou e outro que acendeu o rojão que atingiu a cabeça do profissional, que trabalhava na manifestação – cabe agora investigar o próximo passo: identificar quem financia o movimento de mascarados Black Blocs.



De acordo com o advogado Jonas Tadeu Nunes, que defende Fábio Raposo e Caio de Souza, presos no Rio de Janeiro, os jovens seriam pagos para participar de protestos e promover baderna, algo que ele chega a chamar de "terrorismo social", em entrevista concedida à Rádio Jovem Pan.



"Esses jovens... esse Caio, por exemplo, é miserável. Esses jovens são aliciados por grupos. Eles recebem até uma espécie de ajuda financeira, de mesada, para participar dessas manifestações, com o intuito de terrorismo social", disse o advogado. Ele contou ainda já ter conversado com outros jovens além da dupla que confirmaram o fato.



Por trás, indicou ele, podem estar "vereadores e deputados estaduais". "Vocês [da imprensa] deveriam investigar isso: investigar vereadores em Câmaras Municipais, investigar deputados estaduais...", afirmou. "São agrupamentos, movimentos... tem até diretórios [de partidos políticos], segundo informações que eu tenho".



No último domingo, a ativista Elisa Quadros, conhecida como Sininho, afirmou que os dois jovens envolvidos com a morte do cinegrafista tinham relação com o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol). O parlamentar negou. Hoje, o advogado reafirmou: "confirmo com toda a veemência. Eu ouvi [de Sininho] que os dois rapazes eram conhecidos de Marcelo Freixo. Ela me disse que estava ligando a mando do deputado Marcelo Freixo, oferecendo assistência jurídica".



Em entrevista à Globo, Caio, visivelmente amedrontado, disse nesta terça-feira que "nem sabia que aquilo era um rojão". Para o jovem, o artefato explosivo que matou Santiago era apenas um "cabeção de nego" – bomba que apenas faz barulho e solta fumaça. Ao falar sobre sua fuga para a Bahia, declarou: "eu fiquei com medo de me matarem. Essa é a verdade". Questionado sobre quem poderia lhe matar, respondeu: "pessoas. Pessoas envolvidas nas manifestações".



O discurso de hoje do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), corrobora com a tese de que o ato que matou Santiago Andrade não foi um fato isolado. Para ele, o episódio pode ter cunho político e "esses dois jovens estão inseridos em um contexto maior". "Há partidos políticos e organizações embutidos nessas ações (de violência nas manifestações)", acrescentou Cabral.



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