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O governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quarta-feira, 12, que o governo estadual não pretende fazer aportes na Sabesp. Questionado se o programa de incentivo à redução do consumo de água poderia impactar nos resultados da concessionária, o governador também disse que não. "A Sabesp é uma empresa lucrativa", argumentou.
Alckmin falou com jornalistas nesta manhã, quando participou da entrega da estação Adolfo Pinheiro, da Linha 5 - Lilás do metrô.
A crise no abastecimento de água, somada aos atrasos recorrentes para conclusão do processo de revisão tarifária realizado pela agência reguladora de saneamento no Estado, vêm pressionando as contas da Sabesp.
A concessionária ainda tem pela frente um cronograma pesado de investimentos, orçado em R$ 9,9 bilhões para o período entre 2013 e 2016 para expansão da rede de água e esgoto.
Diante dos baixos níveis de água do Sistema Cantareira, responsável por quase metade do abastecimento da região metropolitana de São Paulo, a Sabesp anunciou a oferta de desconto de 30% na conta de água de clientes que economizarem até 20% de seu gasto mensal. A medida, avaliam analistas, deve pesar negativamente sobre a receita da companhia.
Outro ponto que tem pressionado as contas da Sabesp é a demora na conclusão do processo de revisão tarifária. O processo foi adiado por várias vezes devido à sua complexidade técnica e a divergências entre órgão regulador e concessionária.
O processo de revisão tarifária da Sabesp é conduzido pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) e tem o objetivo de equilibrar os valores cobrados pela concessionária. A intenção é tornar os reajustes nas tarifas mais fiéis ao tamanho da rede da Sabesp, além de seus investimentos para ampliar a cobertura dos serviços.
Até aqui, a Sabesp solicitou um reajuste de 13,1% à Arsesp, mas ainda não foi atendida. Para manter o plano de investimentos de R$ 9,9 bilhões anunciado, a concessionária tem feito um esforço adicional para redução de despesas, conforme contou a presidente, Dilma Pena, em entrevista ao Broadcast no fim do ano passado.
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