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Presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto Luiz D’Avila promete vaga administrativa aos profissionais cubanos que desistirem do programa do governo federal, assim como a cubana Ramona Rodríguez: “Primeiro, eles terão de buscar refúgio e asilo em embaixadas não alinhadas ideologicamente com Cuba. Enquanto isso, com a rede de 400 mil médicos brasileiros, vamos conseguir contratos de trabalho administrativo, para que eles então tentem o Revalida”
Maior símbolo da oposição ao Mais Médicos, o Conselho Federal de Medicina (CFM) quer agora dar emprego a cubanos que desistirem do programa do Ministério da Saúde. O órgão sugere manobra a dissidentes e alega, no entanto, que as vagas seriam na área administrativa, até que os médicos estrangeiros consigam regularizar a permanência no Brasil.
“Vamos dar apoio aos cubanos, mas eles não poderão trabalhar como médicos. Primeiro, eles terão de buscar refúgio e asilo em embaixadas não alinhadas ideologicamente com Cuba. Enquanto isso, com a rede de 400 mil médicos brasileiros, vamos conseguir contratos de trabalho administrativo, para que eles então tentem o Revalida”, afirmou o presidente do CFM, Roberto Luiz D’Avila.
A iniciativa já tinha sido defendida pela Associação Médica Brasileira (AMB), que ofereceu um emprego na área administrativa a Ramona Rodríguez, a primeira dissidente do programa. Ramona esta refugiada com ajuda do DEM e pede asilo aos EUA.
Entidades médicas divulgaram no domingo carta de repúdio às condições de trabalho dos profissionais, cubanos ou não, que atuam no Programa Mais Médicos. O Conselho Federal de Medicina, a Federação Nacional dos Médicos e a Associação Médica Brasileira alegam que o contrato fere direitos individuais e trabalhistas.
As entidades querem que todas as denúncias e os "indícios de irregularidades" no processo de contratação de intercambistas e de médicos brasileiros sejam apurados pelo Ministério Público Federal, pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pelo Supremo Tribunal Federal.
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