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O economista-chefe global do Credit Suisse, Neal Soss, diz que o país, sob comando de Dilma Rousseff, é subavaliado na classificação dos emergentes e que a decisão de começar a subir sua taxa de juros foi um sinal importante de não quer ser deixado para trás; mesmo assim, Lisa Schineller, diretora da Standard & Poor's, diz que Brasil é menos promissor do que o país de Peña Nieto porque tem problemas estruturais, como a falta de competitividade da economia brasileira, que inibem o crescimento num horizonte mais longo
O México, “queridinho do mercado”, deve registrar crescimento de apenas 1,2% em 2013, menos do que os 2,3% esperados para o Brasil, de acordo com as projeções mais recentes do Fundo Monetário Internacional (FMI). Seu setor manufatureiro também deve encerrar o ano em queda, enquanto a indústria brasileira cresceu pouco, mas teve resultado positivo, de 1,2%.
Mesmo assim, agências de classificação e risco apostam mais no país. Segundo Lisa Schineller, diretora de ratings soberanos para América Latina da Standard & Poor's, ao Valor, as reformas aprovadas no ano passado pelo México são relevantes para o crescimento de médio e longo prazos e podem elevar o potencial de crescimento do país para algo como 4%, mais do que os 2,5% que o México cresceu, em média, na última década. Em dezembro, a S&P elevou o rating do país para BBB+, classificação que o deixou apenas um degrau abaixo da nota A, que reúne países com "forte capacidade de honrar compromissos financeiros".
A economia brasileira cresce pouco, diz Lisa, porque tem problemas estruturais, como a falta de competitividade da economia brasileira, que inibem o crescimento num horizonte mais longo.
Já o economista-chefe global do Credit Suisse, Neal Soss, diz que o Brasil é subavaliado na classificação dos emergentes. "Não estou certo que o Brasil mereça estar na mesma categoria que alguns países, certamente não na mesma categoria que Argentina, Turquia ou África do Sul."
Ele diz que a decisão de começar a subir sua taxa de juros já no ano passado foi um sinal importante de "que o Brasil não quer depender de fluxos de capital estrangeiro do jeito que já dependeu no passado" e de que entende que esse cenário está se aproximando e não quer ser deixado para trás.
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