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Em entrevista, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, faz uma "inconfidência"; diz que seu colega Joaquim Barbosa lhe abriu um segredo: o de que estaria prestes a deixar o STF; "por aqui se ventila muito que ele esteja para sair para se candidatar", afirma; "que seja feliz na nova seara"; Mello também aponta um "desgaste institucional" nos doze anos do PT no poder e se defende da decisão mais polêmica de sua carreira, que foi o habeas corpus que permitiu a fuga de Salvatore Cacciola; "tomaria a mesma decisão novamente"
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, revela: Joaquim Barbosa deve deixar o comando da instituição para se lançar à presidência da República.
A inconfidência foi feita numa entrevista ao jornalista Cabral, publicada na edição deste fim de semana da revista Veja.
– O senhor acha que Joaquim Barbosa deixará o Supremo para se candidatar a presidente da República? – questiona Cabral.
– Eu o vejo um pouco cansado do dia a dia do Judiciário. Posso cometer uma inconfidência porque ele não me pediu que guardasse reserva. Ao entrar para a sessão final do ano judiciário de 2013, ele me disse que já estava participando daquela sessão pela décima-primeira vez. E afirmou que para ele já estava de bom tamanho. Por aqui se ventila muito que ele estaria para sair para se candidatar. Que ele seja muito feliz na nova seara – responde Marco Aurélio.
Na mesma entrevista, Marco Aurélio Mello aproveitou para fustigar o Partido dos Trabalhadores. "Temos de admitir a realidade: houve um evidente desgaste institucional nesses doze anos de governo do PT. Com ataques inaceitáveis ao Ministério Público, ao Judiciário e à liberdade de imprensa".
Ele também se defendeu de sua decisão mais polêmica: o habeas corpus que permitiu a fuga do banqueiro Salvatore Cacciola. "Sempre estive com a consciência muito tranquila. Se precisasse, tomaria a mesma decisão novamente."
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