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"Pizzolato rejeita a extradição e por isso vamos recorrer", disse nesta quinta-feira 6 Lorenzo Bergami, que defende o ex-diretor do Banco do Brasil na Itália; segundo ele, a Corte de apelação marcará uma audiência para perguntar se Henrique Pizzolato aceita ou não a extradição e avaliar se existem requisitos para o processo; caso a resposta seja positiva, o condenado na Ação Penal 470 volta para cumprir sua pena no Brasil; "Mas nós não vamos aceitar", afirma o advogado; prazo para pedido do governo brasileiro e análise da Justiça italiana é de 40 dias; nesta manhã, a polícia italiana sinalizou que há brechas para que Pizzolato seja extraditado, mesmo tendo cidadania italiana
O advogado Lorenzo Bergami, que defende o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, na Itália, avisou nesta quinta-feira 6 que pretende recorrer do pedido de extradição que será feito pelo governo brasileiro à Justiça do país europeu. Segundo ele, seu cliente "rejeita" a extradição.
"Pizzolato rejeita a extradição e por isso vamos recorrer. A Corte de apelação nas próximas horas fixará uma audiência para proceder com a identificação pessoal dele e para perguntar se ele aceita ou não a extradição", afirmou o advogado.
Bergami acrescenta que "a corte de apelação deverá avaliar em 40 dias se existem ou não os requisitos para a extradição". Caso haja resposta positiva, ele volta para o Brasil. "Mas nós não vamos aceitar, e então se iniciará um procedimento que terá o envolvimento dos ministérios da Justiça do Brasil e da Itália", diz.
Em coletiva de imprensa concedida nesta manhã, a polícia da cidade italiana de Modena sinalizou pela primeira vez que há brechas para que Henrique Pizzolato seja extraditado ao Brasil, mesmo tendo cidadania italiana. "Existe um tratado bilateral com o Brasil que permite que se extradite entre cidadão com dupla nacionalidade", disse o diretor da divisão de cooperação internacional da polícia italiana, Francesco Fallica.
Ele indicou ainda que a própria busca por Pizzolato, que começou no fim de novembro, logo após emitido seu mandado de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), já considerava a hipótese de extradição. "Ele é um cidadão preso provisoriamente para fins de extradição", disse Fallica.
O discurso desta quinta-feira teve diferente do usado em coletiva de imprensa ontem, junto com a Polícia Federal brasileira. Nela, a polícia italiana afirmou que Pizzolato responderia pelo crime de documentos falsos e que a extradição era caso de Justiça, não estava mais na alçada da polícia.
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