1104 visitas - Fonte: Tijolaço
O velho Brizola, quando a gente ia informar resultados de eleições em porcentagens, me deixava meio irritado quando dizia:
- Brito, chega destes tantos por cento, me diz quantos votos cada um teve!
Ele estava certo: as pessoas comuns entendem números absolutos com mais clareza do que taxas percentuais.
Então, o professor João Sicsú, da Economia da UFRJ me perdoe, mas peguei o gráfico que ele , com a ajuda de Ernesto Sallespublicou no Facebook - que está do jeitinho que o Briza achava fácil de entender – e juntei uma linha, para que as pessoas alcancem a dimensão da queda do desemprego no Brasil.
Ele mostra, em números absolutos, o número de pessoas que buscam emprego nas seis maiores regiões metropolitanas do País, apurado na Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE.
Eu fui buscar, na linha vermelha, o número absoluto da População economicamente ativa, na mesma pesquisa.
Pelo trabalho do Professor Sicsú, a gente percebe que há um milhão e trezentas mil pessoas a menos na legião que perambula atrás de trabalho.
Já a linha mostra que há um 1,3 milhões a menos num universo que cresceu nada menos do que 16,5 milhões de pessoas.
Ou seja, que todo este contingente que se agregou à idade em que, normalmente, se trabalha neste país – tristemente, dez anos ou mais – está empregado, ou estudando ou ainda, por qualquer razão, mantido pela família.
Este e mais um milhão e 300 mil que saíram da condição de desempregados.
Então, para que o velho Briza não implique comigo, traduzo isso de forma mais simples.
Em 2002, um em cada 14 brasileiros estava procurando emprego.
Ao final de 2013, apenas um em cada 33 estava nesta situação.
Será que fica claro o que este ”modelo esgotado” e este “pacto mofado”, segundo Eduardo Campos e Marina Silva, fizeram pelos brasileiros?
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