1086 visitas - Fonte: Tijolaço
Mais uma história para a coleção “mundinho encantado dos tucanos”, onde o final é sempre feliz. Nesse mundinho, pode-se trazer testemunhas, documentos, emails, condenações em outros países, extratos bancários, vídeos, áudios. Nada disso importa para nossas autoridades quando o investigado é um tucano, que se tornou uma espécie de casta de intocáveis.
No Brasil 247.
PRIMEIRA AÇÃO CRIMINAL DO CARTEL NÃO CITA POLÍTICOS
Ministério Público indiciou 12 no caso de suborno da Alstom na compra de equipamentos para subestações de energia da EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia); propina paga à pasta de Andrea Matarazzo na gestão tucana de Mario Covas (1998) foi confirmada por ex-diretor comercial da multinacional, o engenheiro francês André Botto, mas não é incluída na primeira acusação formal
2 DE FEVEREIRO DE 2014 ÀS 06:48
247 – O Ministério Público Federal apresentou a primeira acusação formal no caso do propinoduto em São Paulo. Promotores indiciaram 12 dos investigados no episódio de compra de equipamentos para subestações de energia da EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia), segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”. Andrea Matarazzo, então secretário de Energia, pasta acusada de receber suborno da Alstom, não foi denunciado – assim como nenhum outro político.
A Alstom é acusada de ter pago propina de R$ 23,3 milhões para evitar uma concorrência em contrato de R$ 181,3 milhões, em valores atualizados. O suborno foi pago entre 1998 e 2003, quando o Estado era governado por Mário Covas e Geraldo Alckmin, ambos do PSDB.
O esquema foi denunciado em depoimento à Justiça do ex-diretor comercial da multinacional, o engenheiro francês André Botto. “O negócio era muito importante para a Alstom. Era importante ganhá-lo por meio de acordo e evitar uma licitação. Tivemos de pagar comissões elevadas, da ordem de 15% do contrato”, contou Botto ao juiz Renaud Van Ruymbeke, em 2008. Se os 15% tiverem sido pagos, o suborno alcançou R$ 7,8 milhões.
Entre os indiciados estão o ex-presidente da EPTE e atual prefeito da Cidade Universitária da USP, José Sidnei Colombo Martini, e um ex-diretor da empresa, Celso Sebastião Cerchiari, acusados de corrupção passiva.
José Geraldo Villas Boas, que foi presidente da Cesp, também foi denunciado por lavagem de dinheiro. Um ex-diretor financeiro da Alstom, Thierry Charles Lopes de Arias, e o ex-presidente da Cegelec, Jonio Foigel, foram denunciados por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
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