23/1/2014 17:44

Focado em Padilha, Alckmin quer W.O. de Kassab e Skaf

1275 visitas - Fonte: Brasil 247

Estratégia do governador tucano para reeleição inclui manobra nos bastidores para tirar da disputa pré-candidatos Gilberto Kassab, do PSD, e Paulo Skaf, do PMDB; correligionários alimentam apetite do Ministério Público para manter ex-prefeito sob pressão de ações e processos; diante do presidente da Fiesp, PSDB fez nesta quinta-feira 23 representação formal por campanha antecipada e uso de dinheiro público para promoção pessoal; cenário procurado leva a disputa direta com ministro Alexandre Padilha; primeiro turno ganharia caráter plebiscitário; líder disparado nas pesquisas, governador acredita que, com os adversários fora, pode vencer disputa por nocaute, sem necessidade de segundo round; teria votos dos que gostam dele e dos que não gostam do PT; garoto esperrrto



23 DE JANEIRO DE 2014 ÀS 17:20



247 – O staff do governador Geraldo Alckmin tem o sonho de ver a disputa pelo Palácio dos Bandeirantes ganhar contornos de eleição plebiscitária – e os tucanos estão em campo para que essa projeção se realizar. Para tanto, iniciaram um movimento de pressão contra os pré-candidatos Giberto Kassab, do PSD, e Paulo Skaf, do PMDB, de modo a terem apenas o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, como concorrente viável. A ideia é empurrá-los para um duplo W.0. (walkover, que na liguagem do esporte significa vitória por ausência do adversário) e herdar a maioria do eleitorado de ambos.



Líder disparado nas pesquisas de opinião, Alckmin sabe que suas chances crescem ainda mais nesse quadro de disputa para valer apenas contra o PT. O eleitorado seria convidado a se pronunciar, já no primeiro turno, na prática, como a favor ou contra a gestão de Alckimin, de um lado, e da mesma maneira em relação a Padilha e o PT. Acredita-se entre os estrategistas tucanos que, mesmo se perder os votos dos que forem críticos do seu governo, Alckmin poderia sendo repositário, na outra ponta, dos sufrágicos de quem não gosta dos petistas e não teria outra alternativa, a não ser o candidato tucano, para demonstrar esse desagrado.



Para dar esse desenho à eleição de outubro, os tucanos estão em campo. Nesta quinta-feira 23, o PSDB entrou formalmente com representanção junto ao Ministério Público Eleitoral para punir Skaf por realização de campanhas antecipada e uso de dinheiro público para auto-promoção. A reclamação tem base nos seis comerciais de tevê que o presidente da Fiesp protagonizou no final do ano passado, em campanha contra o reajuste do IPTU na capital paulista.



Frente a Kassab, militantes tucanos estão sintonizados com as investigações da Corregedoria Municipal que vai descobrindo escândalos como o da máfia dos fiscais do ISS. À primeira chance, a intenção será a de fazer o MP criar pressão sob o ex-prefeito, de modo a danificar sua candidatura já no nascedouro.



Para o plano dar certo, será preciso que os pré-candidatos do PSD e do PMDB se enredem efetivamente nas malhas da Justiça. Amarrados, não concorreriam à eleição, deixando o ringue livre para Alckmin administrar sua atual confortável vantagem de mais de 40 pontos nas intenções de votos sobre Padilha. Skaf e Kassab, porém, não pretendem cair facilmente. A luta está em pleno andamento.

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