2256 visitas - Fonte: Tijolaço
Nunca antes, na história deste blog, dois posts receberam tantas “curtidas” no Facebook e foram feitos tantos acessos quanto ontem, por conta do “nocaute” impiedoso que a empresária Luiza Trajano aplicou ao “dandi” Diego Mainardi.
153 mil acessos e 14 mil “curtidas”, nos dois posts
E porque tanta vibração por uma empresária ter desmontado assim um jornalista.
Os jornalistas de economia e os empresários deveriam pensar sobre isso.
Os empresários, sobretudo, porque ando desistindo de esperar que os jornalistas de economia pensem em alguma coisa, porque só repetem o que “o mercado diz”.
Mas, infelizmente, os empresários otários estão mais preocupados em conseguir liminares e baixar as portas dos shoppings.
Acham o ascético Mainardi um luxo e a gorduchinha Luiza um lixo.
Como assim ela suspende por uns dias a venda no site de seu magazine e promove um “rolezão” presencial nas lojas da sua rede numa liquidação?
Aquele “monte” de gente de classe média baixa se amontoando esperando a loja abrir para comprar uma TV de tela plana, uma lavadora, um tablet?
Vai ver que tinha ali até beneficiário do “Bolsa-Família” que, em vez de comprar comida, estava comprando celular…
E a dona Luiza, nem aí, virou “case” de sucesso empresarial em Harvard.
A subelite empresarial brasileira, essa massa cheirosa de executivos e gerentes que enchem a boca para dar lições de economia a torto e a direito é, no fundo, um bando de gente que pensa a atividade empresarial como o Mainardi.
Bom mesmo é vender a firma para a Amazon.
Ou vender logo o pré-sal para a as multis, porque é dinheiro rápido e aquilo vai dar muito trabalho e exigir investimento demorado.
Ruim é ter que olhar para um mercado de “gente diferenciada”, os jovens da classe C que, como publicou ontem a BBC, “têm um poder de consumo de R$ 129,2 bilhões, montante é superior ao do que consomem os jovens das classes A, B e D somadas, segundo o instituto de pesquisa Data Popular”.
Inclusão, para eles, é um discurso teórico e descolado de uma imensa massa a quem sempre o Brasil baixou as portas.
Afinal, é preciso assegurar, antes de tudo, a liberdade de ir e vir e a tranquilidade dos frequentadores dos brilhantes corredores do mercado financeiro.
Ruim, para eles, é olhar que este país só vai ser grande quando for de seu próprio tamanho, e não de 20 ou 30% de sua gente.
Já escrevi sobre isso e sobre D. Luiza, contando como, um jovem esquerdistas, eu me chocava com as historinhas de Brizola sobre como os australianos amavam seus empresários, por acreditarem e investirem no país.
Pudera, grande parte dos nossos empresários também não tem o menor apreço pelos brasileiros.
Preferem o Mainardi.
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