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Acionistas minoritários da OGX entraram na Justiça contra o ex-ministro Pedro Malan, que conduziu a economia brasileira nos oito anos de governo FHC; ex-conselheiro da companhia de petróleo, ele é acusado de "omissão e negligência" por não denunciar descobertas falsas de Eike Batista, que prometia aportar até R$ 1 bilhão na empresa
Os acionistas minoritários da OGX entraram na Justiça na última sexta-feira contra o empresário Eike Batista, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e o ex-ministro da Fazenda Pedro Malan.
Eles cobram o ressarcimento pela desvalorização de 98% das ações e indenização por danos morais.
O motivo: Malan, ministro da Fazenda do governo FHC de 1995 a 2002, e outros conselheiros, como a ex-ministra Ellen Gracie, do Supremo Tribunal Federal, estavam lá quando Eike anunciava descobertas falsas e prometia aportar até R$ 1 bilhão na empresa.
Os minoritários acusam o ex-ministro de "omissão e negligência" por "não se informar, fiscalizar, investigar, se opor ou denunciar as irregularidades cometidas pela empresa", conforme o processo obtido pela Folha de S. Paulo. Malan disse não ter 'nada a declarar' sobre o assunto.
Abaixo, reportagem anterior do 247 que antecipou as ações:
SÓCIOS LESADOS POR EIKE FALAM EM PROCESSAR MALAN
O motivo: em outubro do ano passado, quando Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda no governo FHC, era conselheiro da OGX, a empresa publicou fato relevante garantindo que Eike Batista colocaria US$ 1 bilhão na companhia, se fosse necessário; assim como ele, também era conselheira a ex-ministra do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie; agora, investidores ameaçam processar os dois, que deixaram o conselho em meio à crise de confiança que se abateu sobre o império X
20 DE JULHO DE 2013 ÀS 17:48
247 - A implosão do império X, do empresário Eike Batista, pode sobrar até para o ex-ministro da Fazenda, Pedro Malan. Neste sábado, investidores que participam do fórum de debates do site Infomoney, o principal portal de finanças do País, falavam em processar Malan e a ex-ministra do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie. O motivo: ambos eram conselheiros da companhia de petróleo OGX e estavam lá quando Eike prometeu capitalizar a empresa em US$ 1 bilhão, se houvesse necessidade de caixa – o que, hoje, é evidente.
O instrumento financeiro para essa capitalização é conhecido no mercado financeiro como "put", em que Eike se obrigava a aportar os recursos na companhia comprando ações como se elas estivessem avaliadas em R$ 6,30. Hoje, elas estão em R$ 0,50 e podem cair ainda mais se Eike se negar a cumprir o que prometeu.
Diante desse impasse, no início deste mês de julho, tanto Malan quanto Ellen Gracie, que foi levada à OGX pelo ex-namorado Roberto D'Ávila, autor do livro "O X da questão", renunciaram aos cargos. Mas investidores que participavam dos debates no Infomoney discutiam estratégias para que ambos fossem também atingidos pelos processos. Até porque eram conselheiros quando a empresa divulgava mentiras aos seus investidores – e, como conselheiros, emprestaram credibilidade à PUT.
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